segunda-feira, 13 de agosto de 2007

MST promove jornada pela educação em agosto

Acontecerá entre os dias 20 e 24 de agosto, em universidades de vários estados do país, a Jornada Nacional em Defesa da Educação Pública. Proposta pelo MST e incorporada por diversas entidades do movimento social e estudantil, a jornada tem como centro 18 eixos reinvidicativos e como proposta trazer o debate sobre acesso e levar os movimentos sociais para dentro das universidades. Devem ocorrer debates, palestras e atividades culturais, com ocupações e acampamentos do MST nos campi onde for possível. Está previsto também para o dia 22 de agosto um ato unificado nacionalmente nos moldes do que foram os atos do dia 23 de maio. Na UEM uma das atividades será o debate sobre o Haiti.

E a UNE nessa história...

Participando da construção da jornada estão os mais amplos setores do movimento estudantil, o que traz a questão da reforma universitária para dentro da jornada, uma vez que a UNE, participando da construção, se recusa a aceitar os eixos em que conste o debate sobre a reforma de Lula. Aproveitando-se da bandeira pelo acesso levantada na jornada, a UNE irá defender a reforma universitária do governo e exaltar a importância do Pró-Uni. Cabe aos estudantes que lutam contra essa reforma desmistificar o Pró-Uni nas nossas universidades e denunciar o sucateamento do ensino superior que é defendido pelo governo federal e apoiado pela União Nacional dos Estudantes.
Os 18 eixos da Jornada:

1. Pela erradicação do analfabetismo:

2. QUEREMOS ESTUDAR: garantia do acesso da classe trabalhadora a educação publica de qualidade e socialmente referenciada em todos os níveis. Fim do vestibular e dos processos excludentes de seleção para ingresso 3

. Implementação de políticas de ações afirmativas capazes de reverter o processo histórico de exclusão, com gratuidade ativa e políticas de assistência estudantil para garantir a permanência. 4. Ampliação do investimento público da educação pública para no mínimo 7% do PIB.

5. Em defesa da expansão de vagas com garantia de qualidade e abertura de concursos para professores e técnico-administrativos e infra-estrutura adequada.

6. Autonomia das universidades frente as ingerências de governos e mantenedoras.

7. Em defesa de uma formação universitária baseada no tripé ensino, pesquisa e extensão e contra a mercantilização da educação e da produção do conhecimento.

8. Por uma avaliação institucional de educação superior socialmente referenciada, com participação dos estudantes, profissionais da educação e movimentos sociais, sem caráter produtivista, meritocrático e punitivo.

9. Gestão democrática, com participação paritária de estudantes, técnico-administrativos e docentes em todos os níveis de decisão das instituições e sistemas de ensino.

10. Controle público do ensino privado em todos os níveis. Pelo padrão unitário de qualidade na educação. Pela redução das mensalidades e contra punição dos inadimplentes.

11. Garantia da livre organização sindical e estudantil, em especial, nas instituições privadas. Em defesa do direito a greve.

12. Por um sistema nacional de educação que impeça a fragmentação entre os diversos níveis e garanta a obrigatoriedade no ensino médio publico.

13. Contra a privatização do ensino público e dos hospitais universitários, seja por meio das fundações privadas seja pela aprovação do projeto de criação de fundações estatais.

14. Pela garantia dos direitos conquistados pelos professores e técnico-administrativos das instituições públicas, contra o Projeto de Lei Complementar ? PLP 01.

15. Pelo Passe Livre Estudantil financiado pelo lucro das empresas de transportes.

16. Em defesa de um piso salarial nacional para os trabalhadores da educação calculado pelo DIEESE para a jornada de 20 horas.

17. Pela derrubada dos vetos ao PNE 2001. Pela construção coletiva do novo PNE da sociedade brasileira que atenda as reivindicações históricas da classe trabalhadora.

18. Pela imediata implantação da lei 10.639 /2003 em todos os níveis educacionais

Nenhum comentário: