sexta-feira, 30 de novembro de 2007

DCE – UEM É CONTRA A REPRESSÃO AOS ESTUDANTES

Nos últimos dias, os meios de comunicação anunciaram o aumento da repressão contra as festas que ocorrem nos arredores da UEM. Nesta terça-feira, uma “força-tarefa” foi formada por policiais, prefeitura e representantes do poder judiciário, e segundo o jornal O Diário (28/11/2007) deverá executar “ações severas” contra a “poluição sonora” em Maringá.

Um dos principais alvos será o próximo vestibular da UEM. O prefeito Sílvio Barros declarou “tolerância zero”, e disse que os bares lotados de gente serão alvos da ação. O objetivo do prefeito e das instituições envolvidas na tal “força tarefa” é passar a imagem de que os estudantes são “baderneiros”, “arruaceiros”, e reprimir a realização das festas através da força policial. Perguntamos: será que não foi suficiente um estudante inocente ter sido atacado por um cachorro da polícia no ano passado? Não bastam as “blits”, nas quais os estudantes são tratados como bandidos, obrigados a “encostar na parede” para serem revistados?

O aumento da repressão em Maringá não está isolado, mas é parte de um processo mais geral de ataques às manifestações da juventude, tanto culturais como políticas. Não é a toa que nas novelas se tenta passar a imagem de que movimento estudantil é “coisa de baderneiro”, justamente no momento em que os estudantes se levantam contra os ataques do governo e obtém conquistas em uma série de universidades.

Não é por acaso que em cidades como São Paulo as manifestações artísticas de setores da periferia são duramente reprimidas, tampouco é causalidade que em universidades como a USP é proibido até mesmo colar cartazes. O DCE-UEM repudia qualquer forma de violência e repressão. Em nossa cidade, o prefeito e demais administradores querem resolver com truculência um problema educacional.

Defendem mais polícia no vestibular, mas não dizem que o grande número de pessoas nos arredores da UEM expressa nada mais do que o pequeno número de vagas oferecidas nas universidades públicas, por falta de investimento dos governos. Os estudantes exigem a ampliação do número de vagas, mas com garantia de qualidade e estrutura, diferente do que quer o governo Lula com o REUNI.

Queremos a criação de um espaço cultural, assim as festas não precisariam acontecer na rua, o único lugar disponível atualmente. Reivindicamos a construção imediata da casa do Estudante, dessa forma não haveria aglomerações nas repúblicas e o problema da moradia seria resolvido, pois os aluguéis são caríssimos e os estudantes muitas vezes não conseguem alugar imóveis por conta do preconceito que sofrem.

No entanto, nada disso se resolve com medidas repressivas, mas somente com mais verbas do Estado.Frente os ataques repressivos do prefeito e sua “força tarefa”, a garantia da liberdade de expressão passa primeiramente pela denúncia. Nesse vestibular, ou em qualquer ocasião, se você, vestibulando ou estudante da UEM, sofrer qualquer tipo de violência policial ou ação repressiva, não se cale! Procure o DCE para tomar as medidas cabíveis. DCE: Bloco 6, Sala 2 - Fone 32614205

DCE E CENTROS ACADÊMICOS PREPARAM CALOURADA

Para recepcionar os futuros colegas de Universidade, o DCE e os Centros Acadêmicos de diversos cursos, estarão realizando diversas atividades para auxiliar e integrar os novos colegas. Somos contra o Trote Violento, por isso estaremos preparando uma recepção com uma Festa da Calourada, um Debate sobre a Situação da Educação e um Festival de Bandas. Até lá!

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Resultado das eleições do DCE da FAFIPAR

Acorda Alice! (PSOL e independentes) - 255 votos
Agora Só Falta Você (PT) - 204 votos
Declare Guerra a quem finge te Amar (PCdoB/PMDB) - 139 votos

Sobre a Zona 7

As declarações sobre a Zona 7 feitas no endereço: http://colunadoverde.blogspot.com/2007/11/nota-do-dce-da-uem.html são falsas.O DCE no momento ainda não se pronunciou sobre esse tema.A posição oficial do DCE estará no blog da entidade: www.dceuem.blogspot.com

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Proposta de Manifesto do I Encontro de Negros e Negras da Conlutas





Publicamos, abaixo, o manifesto aprovado no I Encontro de Negros e Negras da Conlutas. Nele estão contidas as principais resoluções, como a criação de um novo movimento negro no Brasil.


• Considerando:


1. que as condições objetivas a que, historicamente, estão submetidos milhares de mulheres e homens negros(as) neste país são reflexos do processo da escravidão desenvolvida pelos colonizadores europeus que desencadearam ao longo de mais de três séculos um dos regimes mais perversos de que se tem conhecimento na história da humanidade, a escravidão;


2. que para nós, negros e negras reunidos no I Encontro Nacional de Negros e Negras da Conlutas, a problemática racial, de classe e de gênero jamais poderá ser superada no marco do sistema capitalista;


3. que os detentores dos meios de produção usurparam historicamente nossos direitos mais elementares e as mínimas condições de vida digna através do seqüestro, da tortura e da exploração utilizadas para o acúmulo de riqueza através de todos esses métodos nefastos, gerando conseqüências dramáticas para negros e negras na nossa sociedade;


4. que, nos marcos deste sistema, não existe nenhuma possibilidade de alcançarmos condições de vida digna que nos garantam acesso à educação, à saúde, à moradia, ao trabalho e à segurança;5. que o Encontro aprovou um programa e um plano de lutas que reafirma que a luta anti-racista só pode se dar através do combate intransigente ao sistema e seus “gerentes”, hoje, no Brasil, representado pelo governo Lula e seus projetos neoliberais.


O I Encontro de Negros e Negras da Conlutas resolve:


1. que também é tarefa da Conlutas construir meios e formas de superamos o atual estágio de vida a que estão submetidos negros e negras;


2. que a militância da Conlutas deve fazer todos os esforços possíveis e necessários no sentido construir uma organização sólida que dê respostas às demandas históricas e conjunturais da comunidade Negra;


3. construir um diálogo com todos os setores da comunidade Negra que estejam dispostos a lutar contra as políticas de reformas do Governo Lula, tais como a previdenciária, a trabalhista, a sindical e a universitária, objetivando destruir a política neoliberal deste governo que tem servido única e exclusivamente para atender os interesses dos setores da burguesia empresarial, financeira, industrial em âmbito nacional e internacional;


4. conclamar todos os setores que estão dispostos a construir uma alternativa para o movimento negro que conduza uma luta sem tréguas contra o racismo, o capitalismo, o machismo, a homofobia, a intolerância cultural e religiosa e todo e qualquer tipo opressão e exploração, no Brasil e no mundo, a discutir o programa e o plano de lutas aqui votados, com o objetivo de que, até o próximo congresso da Conlutas, em 2008, possamos dar uma forma organizativa a este movimento, bem como definirmos um programa comum, a partir das discussões que realizemos até lá.

Manifesto da CONLUTAS do Encontro de Negros e Negras

Texto do GT de Negros e Negras exige fim da violência contra o povo negro e apresenta programa contra o racismo.

. De Zumbi e Dandara a João Cândido

20 de novembro: Dia da Consciência Negra22 de novembro: Revolta das Chibatas

Queremos reparações para o povo negro: fora os Caveirões das favelas, abaixo o racismo!

Abaixo o extermínio do povo pela força policial!

Basta de genocídio nas unidades hospitalares!

Queremos emprego e educação para povo pobre!

Revolta das Chibatas.

O ano, 1910. Uma luta contra os castigos corporais e por aumento dos salários para os marujos significou a verdadeira abolição para o movimento negro e acabou com os castigos corporais da época da escravidão. Isto porque a maioria dos marujos, dos soldados era de negros. Recrutados com 16 anos, para servir a pátria, eram "disciplinados" por meio de chibatadas.
Reabilitação de João CândidoJoão Cândido, dirigente desse movimento, representa um herói nacional depois de Zumbi. Por isso estamos nas ruas exigindo a reabilitação do almirante negro e de todos os marinheiros que lutaram na Revolta das Chibatas.
Neste 20 de novembro, junto com os movimentos negro, sindical, estudantil, e popular, vamos instituir o Dia Nacional Contra o Racismo, um projeto de reparações para a população negra contra três séculos de opressão. Da princesa Isabel ao governo Lula, todas as políticas desenvolvidas serviram para intensificar a farsa da democracia racial, mas a realidade do povo negro é: favela, presídio, desemprego, saúde e educação de péssima qualidade.

Contra as reformas do governo Lula

Nós, negros e negras, começamos a trabalhar mais cedo e seremos atacados com a Reforma Previdência do governo Lula, que propõe aumentar o tempo da contribuição das mulheres para 65 anos e dos homens para 67 anos.
A reforma trabalhista pretende mexer em direitos como férias, 13º e outros direitos. O governo Lula está pronto para mexer na CLT (Consolidação das leis Trabalhistas) . O Super-Simples é um ataque ao povo negro, pois atinge empresas onde se concentram os poucos trabalhadores negros que estão no mercado formal de trabalho. O Super-simples flexibiliza os direitos trabalhistas, deixando a cargo do empregador a concessão de férias, 13º salário e licença maternidade.

Descriminar e legalizar o aborto

Ao defender o direito à vida, é necessário assegurar todas as condições para que as mulheres que optarem por ter um filho possam exercer a maternidade: assistência médica gratuita e de qualidade, creche, escola e trabalho com salário digno.As mulheres negras são as que mais morrem nos partos e nos abortos mal sucedidos. Segundo dados do Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 2 mil abortos legais e 220 mil curetagens pós-aborto, provavelmente decorrentes de intervenções realizadas em condições inseguras.
Hoje o aborto é o 4º maior índice de morte no país. Por isso, a defesa da vida contra o direito das mulheres decidirem sobre ter ou não ter filhos não pode ser do Estado e nem das instituições religiosas, e sim das próprias mulheres do campo e da cidade, de todas as idades, que sofrem a opressão, exploração e a violência em todos níveis.

Os trabalhadores precisam assumir essa bandeira como parte de suas reivindicações.

Por um movimento negro de luta, socialista e independente dos governos! O governo prioriza o pagamento da dívida externa e a população negra morre de fome. Por isso que temos que nos mobilizar contra o capitalismo que nos oprime e nos explora, e construir uma sociedade igualitária, onde todos os trabalhadores tenham acesso a todas às riquezas, à saúde, à educação e à moradia.
A Conlutas e as entidades do movimento negro podem e devem se organizar frentes de lutas nas ruas contra os governos federal, estadual e municipal e ser implacável frente a criminalização dos movimentos sociais, ao extermínio da Juventude Negra nas comunidades pobres e à falta de políticas públicas contra a violência.

Por tudo isso propomos :
. Reparações Já! Manutenção das cotas nas universidades e ampliação da permanência dos estudantes cotistas.
. Contra as reformas neoliberais e racistas do PAC que fazem retornar o trabalho escravo no campo e na cidade. Pela retirada do Caveirão e da Força Nacional das Favelas e das comunidades pobres.
. Pelo feriado nacional do 20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra.
. Pela descriminalizaçã o e legalização do aborto.
. Pela titularização das terras de Quilombos (art.68 da Constituição 1988).
. Pelo Direito à moradia, terra, educação, trabalho, saúde e lazer para o povo negro.
. Contra o PROUNI e o REUNI do governo Lula.
. Fora as Tropas da ONU e brasileiras do Haiti .
. Abaixo a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais. Reaja à violência racial e policial. Organize na Conlutas !

CONLUTAS - Coordenação Nacional de Lutas

Carta dos Estudantes da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, 9 de novembro de 2007
Nós estudantes em luta contra o REUNI, viemos repudiar o referido Decreto do governo federal, por entender que se trata de um grave ataque à autonomia universitária, e por lesar por completo a possibilidade de colocar produção de conhecimento e tecnologia das universidades a serviço da soberania de nosso país.
Alertamos que não toleraremos as metas de caráter produtivista e mercadológica impostas pelo decreto e a super-exploraçã o docente conseqüente de uma política de expansão sem a infra-estrutura necessária e a contratação de pessoal correspondente. Em resposta ao REUNI ocupamos as reitorias de 11 universidades federais e mobilizamos a comunidade da quase totalidade das IFES.
Não podemos deixar de mencionar a truculência pela qual fomos recebidos pelos reitores de várias universidades, que por orientação do MEC, não pensaram duas vezes antes de colocarem a Polícia Federal contra os estudantes, ou autorizarem a entrada da Polícia Militar nos campi, prática tão utilizada nos sombrios anos da Ditadura Militar.
Reivindicávamos um amplo processo democrático de discussão com a comunidade da qual fazemos parte, mas o que encontramos foram Conselhos Universitários encaminhados as pressas (ferindo, inclusive, as normas estatutárias desse referido fórum) que consideraram aprovados os planos das reitorias. Para não deixarmos dúvidas: não reconhecemos essas sessões dos Conselhos Universitários.
Por fim, afirmamos que jamais nos cansaremos de lutar em defesa da educação pública e construir no dia-a-dia os alicerces de uma universidade sintonizada com a livre produção de conhecimento, e que atenda as demandas dos setores mais desfavorecidos da sociedade. Exigimos imediata revogação do Decreto e gritamos em alto e bom som: o REUNI não passará!
Assembléia dos estudantes da UFRJ

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

PF prende 4 estudantes em desocupação da UFBA

Para tentar frear o Movimento Estudantil, o governo está implementando uma truculenta e feroz repressão contra os estudantes. Através da Polícia, as reitorias reprimem e perseguem aqueles que estão resistindo e defendendo a Universidade Pública.
Em Santo André, na UNESP, na PUC de SP e agora na UFBA, só para citar alguns exemplos, já foi empregado o uso da força.
O DCE da UEM repudia a truculência, as perseguições políticas e a repressão política ao Movimento Estudantil.

Basta de Repressão!

Quatro estudantes foram presos na manhã de hoje após operação da Polícia Federal, que cumpriu mandado de reintegração de posse do prédio da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A operação começou às 6h e pegou os estudantes de surpresa.

» vc repórter: mande fotos e notícias

Segundo os alunos, a PF utilizou gás de pimenta para a retirada dos estudantes, que ocupavam o prédio da Reitoria desde o dia 1º de outubro em protesto contra a adesão da UFBA ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) do governo federal e deficiências na estrutura de assistência estudantil. Em média, 40 estudantes se revezaram durante o período.

Os quatro estudantes presos foram encaminhados à sede de Polícia Federal e foram autuados sob acusação de descumprimento de ordem judicial e resistência. Eles prestaram depoimentos e devem ser liberados ainda hoje.

Alguns manifestantes reclamaram que a ação foi truculenta e querem fazer exame de corpo de delito na Polícia Civil. Um grupo de estudantes está concentrado em frente à sede da Polícia Federal aguardando a liberação dos presos. Outro grupo está reunido para definir os rumos da mobilização.

Objetos pessoais dos estudantes estão sendo retirados do prédio e cerca de 30 agentes da PF estão no local para evitar novas invasões. A reintegração de posse foi expedida pela Justiça Federal na terça-feira e, ontem, a Procuradoria Geral da Universidade entrou com nova ação solicitando a ampliação da medida já que o prédio da Superintendência Acadêmica (Supac) também foi invadido. "Não restou outra solução que não a ação policial", afirmou a procuradora geral da UFBA, Anna Guiomar.

A reitoria da Universidade afirma que vinha tentando negociar pacificamente com os estudantes, mas que durante todo o período de ocupação da Reitoria, o movimento estudantil não apresentou propostas. "Esperamos quer a partir de agora, os estudantes tenham maior maturidade política", disse o pró-reitor de Assistência Estudantil, Álamo Pimentel.

PM entra na PUC-SP e desocupa a reitoria



Após 30 anos do episódio de brutal repressão durante a ditadura militar no campus Monte Alegre da PUC-SP, polícia volta à universidade contra os estudantes; desta vez, chamada pela própria reitoria.



Luciana Candido, da redação, e Rodolfo Vaz, direto da PUC-SP

• Por volta de 2h40 da madrugada deste sábado, 10 de novembro, a Tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo entrou no campus Monte Alegre da Pontifícia Universidade Católica e, valendo-se de uma liminar de reintegração de posse, retirou os cerca de 250 estudantes que se encontravam na reitoria. Os alunos ocuparam a direção da PUC na última segunda-feira, 5, em protesto ao Redesenho Institucional, que precariza o ensino na universidade.

A operação contou com mais de 100 homens fortemente armados. Eles cercaram o campus e entraram pelos dois acessos à universidade para evitar fugas. Os policiais invadiram todas as salas, retirando os alunos e agrupando-os no salão. Após a leitura da ordem judicial, o coronel que comandava a operação ofereceu duas alternativas aos estudantes: sair pacificamente ou resistir. Nesse último caso, informou que seria usada toda a força necessária, como previsto na ordem judicial, que inclusive autorizava a ação para dias não-úteis.

Os estudantes saíram pacificamente, sendo liberados após o registro do nome e do RG pela polícia. Um cerco policial bloqueava as ruas de acesso à universidade. Essa tem sido, infelizmente, uma prática que se torna cada vez mais comum nas universidades brasileiras: a polícia começa a fazer parte dos cenários, chamada pelas próprias administrações para reprimir estudantes. Foi assim na Fundação Santo André (SP) e em tantas outras.

Repressão não conseguiu desmobilizar os estudantes
A ação da reitoria junto à Justiça e à PM não desmobilizou o movimento estudantil. Pelo contrário, os alunos permaneceram em frente ao prédio após a retirada pela polícia, cantando palavras-de-ordem contra a reitoria e contra o Redesenho. “Maura, mas quem diria / em 2007 é Erasmo Dias” e “Eu ocupei a reitoria / educação não é mercadoria” foram algumas delas. Erasmo Dias foi o secretário de segurança que comandou a repressão em 1977 ao mesmo campus da PUC.

Os presentes se mostraram furiosos com a ação da reitora, Maura Pardini Bicudo Véras, principalmente porque, de forma cínica, a direção da universidade fez uma série de eventos em lembrança aos 30 anos da invasão pela ditadura. Nas atividades, Maura chegou a dizer que “a polícia só entraria na PUC novamente se passasse no vestibular”.

Os estudantes estão ainda no local, onde já montam um acampamento-vigília que deve durar todo o fim-de-semana. O objetivo é permanecer no campus e conversar com toda a comunidade acadêmica e com os alunos que chegam para as aulas de sábado. As atividades que estavam previstas para a ocupação – reuniões, atividades culturais, confecção de cartazes, etc. – não foram canceladas e serão realizadas agora no acampamento.

A comunidade, que via a PM mantendo um bloqueio em frente à reitoria mesmo depois da retirada da Tropa de choque, não conseguia acreditar na ousadia da reitoria de permitir uma ação como essa. O fato gerou, em pleno sábado, um grande sentimento de repúdio. Alguns vizinhos chegaram mesmo a conversar com os estudantes, perguntando sobre o que estava ocorrendo.

Talvez a reitora Mara tenha dado um grande “tiro no pé”. O sentimento comum entre todos os ativistas é de que a PUC não será mais a mesma depois desta ocupação. O movimento já fala em saída da reitora.

Mesmo no sábado, os estudantes que estão em frente ao campus passam nas salas, conversam com os colegas, tentando paralisar as aulas. Na próxima segunda-feira, 12, muita coisa pode ser esperada. Um grande ato, com horário ainda a ser definido, vai ser realizado, junto com uma assembléia que decidirá os rumos do movimento da PUC.

A tarefa que o movimento estudantil da PUC deve tomar para si neste momento – com a grande demonstração de força que vem dando – é a incorporação de mais esta reivindicação: a derrubada desta reitoria que reprime estudantes e desmonta a universidade de forma arbitrária com o chamado Redesenho. Se for necessário, que seja construída uma grande greve.

Mais um DCE longe das mãos do Governo!!!

Nos dias 13 e 14 aconteceram as eleições no DCE da UFPR e mais uma vitória da chapa da situação/governo/ PT/UNE. Mais um DCE que volta para as lutas!

os resultados foram:

"Agora Só Falta Você"
: 2733 (PT, duas correntes: um racha da articulação e outro do Trabalho)

"Sonhos Não Envelhecem": 3036 (toda a vanguarda da luta cointra o REUNI e da ocupaçaõ da Reitoria. PSTU, P-SOL, LS e independentes).


Agora estão na luta em defesa da Universidade os DCE´s da UEM, UEL, UFPR e UNIOESTE (Campus MCR).
Nós do DCE da UEM saudamos a vitória da chapa "Sonhos Não Envelhecem" e buscaremos unir nossas forças na defesa da educação no estado do Paraná.

A Globo e as “invasões” de reitoria

Estudantes entoando gritos de guerra, segurando cartazes e com narizes de palhaço ocupam a reitoria da Universidade Pessoa de Moraes, exigindo a eleição direta para reitor. Mais um novo protesto do movimento estudantil? Nada disso. Trata-se de um capítulo da novela “Duas Caras”, exibida pela rede Globo, no último dia 7.

Obviamente, a emissora mostrou a “invasão” – e não ocupação – a partir do seu ponto de vista, com um claro objetivo de jogar a opinião pública contra as OCUPAÇÕES de reitorias país a fora.

No dito capítulo, os estudantes reviram gavetas e armários, destroem livros, picham as paredes, fazem uma verdadeira baderna. Um estudante tenta jogar um ovo em Branca (dona da universidade), mas acaba acertando em Heriberto (uma espécie de vilão que manipula os estudantes). Por fim, a “baderna” faz com que Branca decida chamar a polícia para conter os estudantes. “Invasão de propriedade privada é crime!”, diz.

Não é a primeira vez que a Globo cumpre esse nefasto papel. Deturpação da realidade e manipulações é parte do manual de conduta de emissora. Mas o que esperar de uma emissora que rotulava as manifestações da “Diretas Já” como “comemorações” do aniversário de São Paulo? Mais ainda: o que dizer sobre Agnaldo Silva (autor do folhetim) que exalou todo o seu preconceito quando classificou (em seu Blog) de “elite” a população negra que recebe o Bolsa Família?

Mobilização estudantil barra o Reuni na UFF

A mobilização unificada dos estudantes e trabalhadores da UFF conseguiu impor uma derrota importante à reitoria de Roberto Salles e Emmanuel Paiva de Andrade e ao governo Lula


Rafael Rossi, estudante da UFF e militante do PSTU, do Rio de Janeiro (RJ)


• Após muita mobilização, o Reuni foi, finalmente, retirado da pauta de discussão do Conselho Universitário da Universidade Federal Fluminense (UFF). Esta foi uma vitória política fundamental para o movimento.

Foram inúmeras as atividades: um abaixo-assinado com mais de quatro mil assinaturas dizendo “não” ao Reuni; uma assembléia geral de estudantes, com cerca de 500 presentes, que também rechaçou o projeto; uma assembléia comunitária, com 400 estudantes e trabalhadores, na última ocupação da reitoria, que votou, por aclamação, posição contrária ao Reuni; duas ocupações da reitoria da UFF; atos que alcançaram as marcas de 400 a 500 estudantes. A força da mobilização levou, inclusive, ao aprofundamento de divisões e disputas no interior da reitoria.

O último conselho deliberou pela construção de um Grupo de Trabalho (GT) que ficará responsável pela elaboração de um projeto que se dê por fora dos marcos do Reuni. Os estudantes, contudo, devem ficar atentos para novos golpes. A reitoria tentará transformar esta vitória em derrota, submetendo o projeto do movimento ao calendário e às metas do Reuni.

Por isso, a luta deve ser mantida e ampliada. Só com mobilização será garantida a vitória. A reitoria teve de recuar diante da força do movimento, mas ainda não está morta. Esta é uma luta nacional que tem se refletido em ocupações de reitorias em diversas instituições federais. A mobilização da UFF é só mais um passo na luta para barrar a reforma universitária de Lula e do FMI.

Não aceitar a repressão!
Agora, o movimento precisa partir para a ofensiva. A reitoria tentou intimidar os estudantes com a repressão policial. O Conselho Universitário da UFF, lamentavelmente, referendou a postura repressora de Roberto Salles. Não dá para aceitar a criminalização dos movimentos sociais, que cresce a cada dia.

O governo Lula e o Judiciário querem acabar com o direito de greve. Eles querem acabar com todos os direitos sociais e liberdades democráticas conquistados a duras penas na luta contra a ditadura militar. As reitorias de todo o país recorrem às polícias Federal e Militar para garantir a implementação do projeto privatista do governo.

O movimento deve exigir democracia e o fim da entrada da polícia nos campi universitários. Os estudantes querem discutir de forma democrática com toda a comunidade acadêmica um projeto de universidade e de sociedade, com assistência estudantil (bolsas, moradia, etc.). Uma universidade pública, sem cursos pagos e sem fundações.

Na UFF, o coletivo UFF que Queremos/Conlute e a Juventude do PSTU defendem: “Abaixo o Reuni e a Reforma Universitária!”; “Fora Salles, FEC e cursos pagos!”; “Pela construção da moradia estudantil já!”.

Construir a unidade para derrotar o governo já!
É preciso unificar estudantes e trabalhadores na luta contra os ataques do governo e de seus agentes e fortalecer a Frente de Luta contra a Reforma Universitária, unindo a Coordenação Nacional de Luta dos Estudantes (Conlute) e a Frente de Oposição de Esquerda (FOE) na luta contra o Reuni e por um movimento estudantil independente dos governos e das reitorias, rumo à construção de uma nova entidade nacional estudantil.

A UNE já mostrou de que lado está: foi a quinta coluna do governo e das reitorias em todos os processos, chegando ao cúmulo de, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), fazer um cordão de proteção para o reitor Aloisio Teixeira, se enfrentando com um ato de 600 estudantes. Tudo isso para que fosse aprovado arbitrariamente o Reuni naquela universidade. Sua derrota humilhante nas urnas nas eleições do DCE da UFRJ foi a prova de que a entidade governista não fala mais em nome dos estudantes.

É importante lembrar que, na ocupação da Universidade de São Paulo (USP), a UNE ficou mais uma vez do outro lado da barricada, contra a mobilização. Isso se refletiu no rechaço dos estudantes que não mandaram um delegado sequer ao Congresso da UNE. Na UFF, não poderia ser diferente: os governistas são vaiados em todos os atos e assembléias em que se vêem na necessidade de se posicionar publicamente a favor do Reuni, mesmo que de forma envergonhada.

É hora de lutar, é hora de vencer! Vamos juntos derrotar o governo Lula e a UNE na luta contra o Reuni e a reforma universitária. Todos às ruas!

SISMMAR rompe com a CUT

O DCE da UEM saúda os Servidores Públicos Municipais de Maringá pela extraordinária decisão no último congresso do SISMMAR.
Sob o lema "Defender nossos Direitos é Possível - Reorganizar o Movimento Sindical é Necessário", os servidores decidiram pela imediata ruptura com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e pela entrada na CONLUTAS (Coordenação Nacional de Lutas). Assim como a UNE, a CUT também passou para o lado do governo. Hoje a CUT defende as reformas sindical/trabalhista/previdência que retiram direitos históricos dos trabalhadores, como 13º, férias, aposentadoria, etc.
O DCE da UEM também através de Congresso, realizado em 2005, aprovou a ruptura com a UNE e a entrada na CONLUTE, e no país inteiro decisões como essas estão acontecendo. Os estudantes e trabalhadores estão construindo a CONLUTAS e a CONLUTE como alternativas aos velhos instrumentos (CUT e UNE) que não servem mais para defender nossos interesses.
Por fim, saudamos essa decisão dos servidores municipais, que são fiéis aliados do movimento estudantil da UEM, e sempre estiveram juntos conosco na defesa do transporte público, do passe livre e contra a privatização dos serviços públicos em Maringá, arquitetados pelo prefeito Silvio Barros.
Saudações aos Servidores Municipais!

Abaixo Nota Oficial do SISMMAR

Neste final de semana. o Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) aprovou em seu congresso a desfiliação da CUT e a filiação à Conlutas. Ambas as resoluções foram aprovadas por unanimidade. Houve apenas uma polêmica secundária, quanto ao ritmo (filiação imediata ou em assembléia especialmente convocada para esse fim). Por ampla maioria foi aprovada filiação imediata à Conlutas.

O Sismmar é um dos sindicatos mais combativos do estado do Paraná. Em 2006 enfrentou a prefeitura de Silvio Barros II (PP) em uma greve de 31 dias e sofreu duras perseguições por parte do prefeito com a demissão de 28 servidores grevistas. Hoje todos os demitidos estão reitegrados ao trabalho. Mais uma vitória do sindicalismo classista e combativo!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Carta de Daniel Pala, fundador da Caminhando

Com muito orgulho publicamos abaixo, uma carta sincera e emocionante, de um dos fundadores da Caminhando, Daniel Pala, que na época cursava Engenharia Química na UEM.
São Paulo, 07 de novembro de 2007
Carta aberta aos companheiros da CAMINHANDO
5 anos atrás...
Lembro-me perfeitamente daquela tarde.
Um amigo de economia, Diego, me convidou praparticipar de um grupo de discussão sobre as questões universitárias, mas chegando lá, foram debatidos não só os encalços acadêmicos, como também os problemas e buscas por soluções em todos os aspectos sociais.
Quem “dirigia” a reunião era um jovem cabeludo, barba por fazer, bermuda e camiseta larga, bem “hippongo” mesmo... Seu nome, Pierre.
Nessa reunião também conheci pessoas a que tenho um enorme afinco e carinho até hoje, mesmo sem vê-las há anos... Vanessinha, Júnior, Shirley e Marcelo. Depois vieram tantos outros... Eric, Jéferson, Tiago, Bruno, Claudia, Eli, Marcos, Rodrigo, só pra citar alguns.
Mas o mais importante deste encontro num bloco em queuma das discussões em pauta era justamente a revitalização do próprio local onde estávamos, foi o nascimento, não só de uma chapa concorrente ao DCE, mas de um movimento que mudou minha vida e, com certeza, de todos nós ali presentes, pois naquele dia paria o movimento CAMINHANDO. E sob o slogan“Caminhando contra o vento e seguindo a canção” começamos uma jornada que mantém nossos corações pulsando pela mudança até hoje!
Quantas noites sem dormir, discussões calorosas, trabalho árduo, busca por dinheiro que não tínhamos pra firmar nossa independência, e o mais importante, quanta união e idealismo!
Se algumas dessas pessoas soubessem o quanto foram importantes para a minha formação, não só acadêmica,mas política e social, o quanto aprecio cada um daqueles companheiros, como lembro com lágrima nos olhos dos debates, da correria pra fazer o material de divulgação, das “passadas” em salas de aula, do trabalho árduo no R.U., de todos nós de madrugada exaustos há duas noites sem dormir gritando palavras de ordem devido a uma eleição fraudulenta.
E hoje vejo as fotos do mesmo movimento CAMINHANDO no DCE, com talvez um ou dois rostos conhecidos (se muitos...), mas consigo perceber a mesma fibra e a mesma vontade de lutar e mudar de uma moçada que muito me orgulha, mesmo sem conhecer pessoalmente nenhum de vocês!
Amigos, conto com vocês pra prosseguirem nesta caminhada, alguns vão chamá-los de utópicos, outros de“vagabundos”, e tantos outros de “alienados”.
Mas nenhum deles sabe o que é ter a vontade de lutar e mudar no sangue...
Com atitude, caráter, companheirismo, e acima de tudo... Com honra.
Contem comigo!
Abraços fraternos, Daniel Pala Abeche (danielpala@yahoo.com.br)

terça-feira, 6 de novembro de 2007

PUC-SP: Reitoria Ocupada!

MANIFESTO DOS ESTUDANTES OCUPADOS NA REITORIA DA PUC-SP

Ocupamos a Reitoria nesta noite como forma de protesto pela maneira com a qual o Redesenho Institucional, demissões e bolsas vem sendo tratadas nesta universidade. O verticalismo burocrático tem mantido toda a comunidade puquiana à margem de um dos mais importantes processos pelo qual essa universidade já passou. Nós, os estudantes, seguidamente pagamos o pato das políticas desastradas da gerontocracia universitária. Basta! Não aceitaremos a intervenção da tropa de choque neste ato político, como é costume dos poderosos da burocracia universitária. Basta! Não ficaremos calados, conforme é a vontade dos de cima. Basta! Democracia se faz de forma direta, sem conselhos de fantoches, sorrisos e bocas. Basta de laboratórios picaretas e mensalidades altas. Realmente, do alto do castelo, a vista é linda.
Quem sabe o que é o Redesenho? Estamos aqui para debater com cada estudante, de portas abertas, para construir opiniões e consensos. Sim, a Reitoria da PUC-SP não é mais um claustro, à mando da Santíssima Trindade (Pai, Cúria, Bradesco Santo).
O movimento estudantil da PUC não consentirá com tais medidas arbitrárias. Propomos pelo momento:

- Só haverá negociação mediante o resultado das assembléias de curso e com a garantia de não haver nenhuma forma de repressão tanto pela Graber quanto pela polícia.
- Anulação do Processo de Redesenho Institucional. Por um processo realmente democrático, construído pela comunidade.
- Pela revogação da atual política de bolsas que impede os primeiranistas de terem acesso à universidade. Queremos bolsas que atendam as reais necessidades dos estudantes e que a abertura deste novo edital se dê mediante à participação dos estudantes.
- Nenhuma demissão de professores e funcionários. Chega de demissões!
- Nenhuma punição aos estudantes ocupados. Choque então, nem pensar.
- Solidariedade as demais ocupações em todo o Brasil. A nossa luta é uma só!
Amanhã acontecerão assembléias por toda a universidade para discutir as demandas especificas de cada curso frente ao processo de Redesenho.

NÃO PASSARÃO
Estudantes ocupados da Reitoria da PUC-SP

CEEB nesse sábado

Nesse sábado, dia 10 de outubro, às 14:00, o DCE realizará um Conselho de Entidades Estudantis de Base.
O objetivo do CEEB é debater a Reforma Acadêmica e Administrativa, o REUNI (Universidade Nova), encaminhar as Campanhas do Movimento Estudantil 2008 e preparar a Calourada 2008.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

DCE UNB e UFRJ: Vitória do Movimento Estudantil Independente do Governo!

Na última quarta-feira, dia 31, terminaram as eleições dos DCEs da UFRJ e da UnB. Os resultados não poderiam ser melhores. As chapas da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária foram vitoriosas em ambas as eleições.
Essas vitórias demonstram a força da unidade dos lutadores no movimento estudantil.
Parabéns aos lutadores da Frente de Luta Contra a Reforma Universitária!
Abaixo seguem os resultados:
UFRJ
DCE em Movimento - Todos pela UFRJ - (PC do B, PT, MR 8 e independentes) 1783 votos - 20,80%
De que lado você Samba? - (PSTU, PSOL e independentes) - 4849 votos - 56,57%
Correnteza - (PCR e independentes) - 445 votos - 5,19%
Quem vem com tudo não cansa! - (Coletivo Marxista e independentes) - 637 votos -7,43%
Geral com um braço só! Por uma Universidade Popular! (FLP e independentes) - 345 votos - 4,02%
Consulta já! Eu escolho meu rumo! - (PSB e independentes) - 368 votos - 4,29%
UnB
Chapa 1 - (PC do B e DS\PT) - 870 votos
Chapa 2 - (Instinto Coletivo, PSTU, PSOL e independentes) - 1910 votos
Chapa 3 - (AE\PT) - 1230 votos
É isso pessoal. O governo perdeu mais dois! Viva a unidade dos lutadores! Viva a Frente de Luta Contra a Reforma Universitária!