segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Manifestantes lembram incidente acontecido há 19 anos e levam reivindicações para o governo estadual


Professores e servidores da rede estadual de ensino realizaram uma passeata na manhã desta quinta-feira (30) em Curitiba. Neste 30 de agosto, a categoria celebra o já tradicional "Dia de Luto e Luta". Eles se concentraram na Praça Santos Andrade, em frente à Universidade Federal do Paraná (UFPR), e às 10h40 começaram a caminhada com destino ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico. O trânsito ficou complicado em algumas ruas do Centro da capital até por volta do meio-dia.
Acompanhados por um carro de som e por agentes da Diretran, que orientaram o trânsito, os professores chegaram ao Centro Cívico por volta das 12h30. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), membros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato), entregaram uma pauta de reivindicações para o secretário de Educação, Maurício Requião. Também participaram da reunião, o chefe da Casa Civil, Rafael Iatauro, a secretária da Administração, Maria Marta Lunardon e o secretário de Planejamento, Enio Verri.
A reunião durou cerca de uma hora. O secretário Maurício Requião marcou uma nova reunião para a próxima quarta-feira (5), com a APP-Sindicato, para avançar nas discussões da pauta dos professores.

Dia histórico
Os professores relembraram o incidente que aconteceu em 30 de agosto de 1988, quando um protesto foi reprimido com violência pela Polícia Militar, no governo Álvaro Dias. O “Dia de Luto e Luta” é lembrado todo o ano. Os professores fazem um dia de paralisação e cerca de 1,5 milhão de alunos devem ficar sem aula nesta quinta-feira.
O balanço sobre as aulas nesta quinta-feira só será conhecido no fim desta quinta-feira ou na sexta-feira (31), quando os núcleos de educação repassarão os dados para a Seed.


Passeata
O trajeto dos manifestantes passou pela Avenida Marechal Deodoro, Avenida Marechal Floriano Peixoto, contornou a Praça Tiradentes e seguiu pela Rua Barão do Cerro Azul e pela Avenida Cândido de Abreu até o Palácio das Araucárias.
De acordo com a APP-Sindicato, a estimativa é que cerca de 3 mil pessoas participaram da passeata. Segundo a assessoria de imprensa da Seed, a paralisação tem mais força em Curitiba e região metropolitana. No interior do estado a greve não deve atingir tantas escolas, segundo a Seed.


Pautas
Além do protesto histórico, o movimento dos professores pede o aumento e aprovação do piso salarial nacional. Na quarta-feira (29) vários estados se uniram ao movimento nacional e fizeram paralisações de 24 horas, além de protestos em Brasília e Rio de Janeiro.
Nas reivindicações estaduais, os educadores também pedem pelo atendimento de reivindicações comuns a todos os servidores estaduais, como modificações no Sistema de Atendimento a Saúde do Servidor (SASS), alterações no Plano de Cargos e Carreira (PCC), pagamento das progressões e promoções atrasadas, reposição salarial (já aprovada em maio pelo governo e paga somente aos professores) e outras.
Especificamente para os servidores da Educação, os pedidos englobam a aprovação do PCC específico para os funcionários das escolas, o pagamento de progressões e promoções atrasadas e de forma retroativa, o pagamento do reajuste salarial dos professores temporários referente ao mês de maio e adoção da Lei Federal 11.301 que regula a aposentadoria de docentes fora de sala de aula (como diretores de escolas e pedagogos).

Fonte: Adriano Kotsan - Gazeta do Povo on-line

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