Almir Cezar Filho, de Uberlândia (MG)
• Estava marcado para o dia 7 de dezembro, sexta-feira passada, a reunião do Conselho Universitário da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) que deveria aprovar o Reuni. Em assembléia, o movimento estudantil já havia deliberado que barraria o processo de votação.
Ao se dirigirem para a reunião com este objetivo, os estudantes encontraram a reitoria com as portas trancadas.Sem alternativa, os alunos fecharam as entradas da reitoria para que nenhum conselheiro e o próprio diretor da UFU entrassem para concretizar a reunião do Conselho.
O reitor da universidade, professor Arquimedes Diógenes Ciloni, também presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), saiu às escondidas com os demais conselheiros. Eles aprovaram o Reuni em local ainda desconhecido do movimento estudantil.
O movimento estudantil não está derrotado
A luta na UFU vai continuar. Os estudantes resolveram entrar com uma ação na Justiça para questionar a votação, já que sequer houve representação estudantil e técnico-administrativa na suposta reunião. Entretanto, a principal batalha vai se dar no cotidiano da universidade, denunciando a falta de democracia e o próprio processo do Reuni. O movimento estudantil já iniciou, também, uma grande campanha contra Ciloni, que adota um discurso democrático, mas, na prática, mostrou-se tão ou mais autoritário do que muitos reitores conservadores espalhados pelo Brasil.Os estudantes fizeram uma campanha por uma assembléia universitária, que englobasse toda a comunidade acadêmica, para deliberar democraticamente sobre o Reuni. O reitor, porém, de forma arbitrária, não aceitou.
Agora, o movimento vai realizar por conta própria, independentemente da reitoria, a assembléia universitária, na próxima semana, para deliberar se a UFU deve ou não aderir ao decreto Reuni.
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