terça-feira, 29 de janeiro de 2008

DO 1º DIA AO ÚLTIMO DIA DE AULA PERSEGUIDO!!!

Um Calouro e o Encontro com o Movimento Estudantil
No ano de 2004 ingressava na Universidade um estudante que além de acadêmico, iria dedicar sua vida ao Movimento Estudantil. Antes mesmo de iniciar as aulas, o jovem calouro de história, já estava ajudando nos preparativos da Calourada 2004. Seria atrevimento? Diríamos que não. O que o colega estava fazendo representava o que muitos fizeram, fazem e farão pela Universidade: dedicar parte de suas vidas na defesa intransigente da educação pública.
Logo no 1º ano de faculdade esse colega e vários outros iniciariam uma decisiva luta na UEM: a luta contra a Reforma Universitária, contra o aumento do preço do RU, contra a retirada da democracia para eleição da reitoria e por melhores condições na universidade.
A ousadia e o ímpeto desses jovens foram contundentes. Depois de inúmeros pedidos para a reitoria não retirar direitos dos acadêmicos e a mesma negar, os acadêmicos decidem realizar uma histórica ocupação no RU e na Reitoria, como forma de protesto. A reitoria, que estava muito distante da democracia, do diálogo e da serenidade, decide chamar a polícia, que fortemente armada, retiraria os acadêmicos da reitoria. Como se não bastasse com a permissão da entrada da polícia no CAMPUS, a reitoria abriria um processo civil contra 2 acadêmicos e um processo administrativo contra mais de 20 estudantes.
Mas e os estudantes o que fizeram? Bem, eles não haviam cometido nenhum crime e ainda estavam correndo o risco de serem desligados da Universidade, mas para a gestão da Reitoria lutar pela universidade era um crime, pois se chocava com seus interesses de privatizá-la.
A partir disso foi iniciada uma Campanha Nacional contra as Perseguições aos Colegas.
Não faltaram moções, apoios, cartas de solidariedade e até a menção de uma Senadora no dia da Formatura contra as perseguições. O resultado significou a retirada dos processos pela Reitoria, depois de 2 anos de campanhas. Uma vitória da democracia!
O jovem calouro de história retirava de seus ombros 2 processos, as ameaças de um professor do 1º ano que lhes disse para procurar outra instituição, pois seria expulso, e acabava de conhecer grandes inimigos da universidade pública. Pois é, o sonho de verem os jovens expulsos não aconteceria... E nos intensos dias de sua vida acadêmica ajudaria a resgatar o DCE para os estudantes (fez parte de duas gestões), participaria da reconstrução do Movimento Estudantil Nacional (na construção da CONLUTE) e participaria das históricas lutas da educação.
Da reitoria para o DHI
Com o passar dos dias o colega ia percebendo que, diretamente de uma parcela de professores do DHI (Departamento de História), surgiam projetos e idéias que prejudicavam a universidade pública e que essa parcela estava intimamente ligada à gestão da reitoria. As medidas passavam pela retirada de direitos dos Servidores, aumento de taxas, implementação do Ensino à Distância, aumento do preço do RU, fim da democracia para eleição da reitoria, e um infinito etc. No curso não poderia ser diferente a prática desses “smithianos do interior”.
Nas eleições para o Centro Acadêmico de História tudo indica que ocorreram ameaças e intimidações para que estudantes não participassem da chapa de oposição do Centro Acadêmico.
O terror tinha cara, nome e endereço, mas o jovem não baixava a cabeça e continuava se dedicando na luta em defesa da educação. Por fim, meses antes da tão sonhada formatura, o colega Tiago Guapo sentiria mais uma vez o amargo expelido pelos “privatizadores”. Uma professora do DHI, supostamente ligada a esse grupo de professores, impediria o colega de se formar, através de uma sorrateira reprovação (perseguição). Mas, fica a pergunta, será que o colega não mereceu? Também dizemos que não! Mesmo o colega não sendo o melhor aluno da sala, o mesmo sempre garantiu seus compromissos acadêmicos, nunca teve uma DP ou exame, fez iniciação cientifica e no ano de 2007 acabava de ser classificado no Mestrado em História da UEM.
Mas, com um pouco de investigação, acompanhada de uma frase de Drummond: “havia uma pedra no meio do caminho”, os fatos demonstravam que o objetivo da professora de História do Paraná (Ana Lúcia) era mesmo prejudicar a vida do colega Tiago, assim como seus “correligionários” (conscientes ou não) sempre tentaram. A professora o reprovaria por faltas, mesmo com a honesta testemunha dos próprios colegas de sala que comprovaram que o aluno não havia ultrapassado o número de faltas, pois a mesma havia informado semanas antes que o aluno não havia ultrapassado. Além disso, logo após o dia que a professora lhe informou que ele não poderia mais faltar, Tiago chegou a assistir aulas à noite para não ultrapassar essas faltas e não faltou mais nenhum dia. Mas a professora desconsideraria tudo isso.
Até a tentativa de diálogo seria abortada pela professora, que se silenciava se negando a passar a informação de como estava a situação do aluno ou de tentar resolver o caso.
Antes de ocorrer todo esse drama a professora havia permitido o aluno de fazer uma prova com consulta durante o período noturno, porém negaria essa permissão no dia da avaliação, dizendo que acordo era prática da idade média, que ela nunca havia assumido compromisso com o aluno e que o aluno precisava trazer um registro do cartório para provar. O aluno nunca havia realizado nenhum insulto, agressividade ou qualquer ofensa a nenhum professor do DHI e muito menos causaria uma situação tão desagradável como essa...
Ficava comprovada a atitude da professora e sua verdadeira intenção! Lamentamos profundamente que essa professora compactue com as práticas truculentas e antidemocráticas de alguns professores do DHI. Acreditamos que é tempo dessa professora rever sua posição.
Nos bancos da formatura do curso de história faltará um estudante que se dedicou abnegadamente à defesa da UEM. Os colegas de sala, agora formandos, viram Tiago ingressar na universidade e iniciar sua vida no Movimento Estudantil. Viveram os mesmos dilemas juntos, atuaram cotidianamente na luta pela contratação de professores, pela construção da casa do estudante, por mais verbas para a educação, contra a reforma universitária e outras coisas que não serão esquecidas no dia de formatura. Viveram também momentos maravilhosos juntos construindo uma amizade sincera, honesta e inesquecível e sempre souberam da seriedade e do comprometimento do colega com a UEM. Porém, sua cadeira estará vazia...
Esperamos que essa e tantas outras perseguições tenham fim...E fica a pergunta: será que as perseguições acontecem até com professores no DHI também???
Dizem que má fé e perseguição têm solução
Na eminência desse trágico episodio, não poderíamos deixar de ponderar sobre um dilema que vivem os acadêmicos da UEM. A professora Ana Lúcia, durante os 3 primeiros meses, computou na internet 0 faltas para o acadêmico, porém no último bimestre computou 54 faltas. Não podemos mais permitir que isso ocorra, pois o professor fica com todo o poder para reprovar ou não um aluno por faltas. Por isso, o DCE entrará com um pedido no CEP para que as faltas e as notas sejam publicadas bimestralmente na internet e nos murais. Assim esse tipo de situação não acontece!
Em relação às perseguições, que acontecem em toda a universidade, o DCE disponibilizará uma parte de seus informativos e jornais para aqueles alunos que se sintam injustiçados, além de disponibilizarmos nosso advogado. A história demonstrou que quem fere a democracia sempre acaba prejudicado! Assim foi com uma professora na psicologia que perseguiu uma sala inteira, com um candidato à deputado e à reitoria (ex-reitores) que não se elegeram.
A comunidade acadêmica não tolera mais essa prática da ditadura militar e através de um coro, uníssono, alto e contundente precisa dizer um não às Perseguições Políticas e as Injustiças!

7 comentários:

Anônimo disse...

PARECE ATÉ PIADA!!!
Então um excelente aluno (sem exames e DP's em sua vida acadêmica, com bolsa de iniciação científica e aprovação no mestrado) não conseguiu se formar por faltas, e o pior: por faltas que não existiram?
É uma vergonha! Mais uma vergonha para a justiça, para a democracia e para todos nós, alunos da Universidade Estadual de Maringá.
Infelizmente é mais um episódio que confirma a triste realidade que o caminho dos que lutam, que tomam atitudes para o bem de seus companheiros e dos que necessitam, não é fácil: quando essas pessoas de alma nobre resolvem lutar, ficam propensas a serem vítimas de perseguições, como as citadas no texto.
Como alunos, como companheiros, devemos manifestar nossa indignação diante de tal situação e de tantas outras que prejudicam aqueles que lutam...
Força companheiro!

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkkkk....

Eu racho o bico. Não haveriam motivos para reprovação se este estivesse cumprido suas obrigações..hehehe...Simplesmente, não há possibilidade de que isso ocorra sem motivo.

Me desculpem, mas só acredita em vcs quem quiser...hehehehe..

Anônimo disse...

Que dó eu tenho do anônimo de cima.
Deve viver no mundo da lua!
Conheço esse tal de Tiago de vista. Ele já passou na minha sala. No começo achava um saco esse papo de Movimento Estudantil. Depois que o tal de movimento estudantil conseguiu o RU nos sábados, botei fé no troço.
E essa coisa de reprirmir, perseguir, é verdade sim. Uma menina do meu curso reprovou pq fez um tcc sobre o MST.
apóio a luta deles

Anônimo disse...

Pois é! Só acredita quem quiser enxergar.

Anônimo disse...

E alem disso o Tiago conseguiu a feijoada no sabado ahahahahahah.

Anônimo disse...

Parabéns professora! Guapo se fudeu!
Hhauhauhuhuhuahau

Anônimo disse...

Seria bom se publicasse os nomes dos professores do DHI que fazem perseguição política.
Eu gostaria muito de saber quem são.
Se puder publiquem.