quinta-feira, 29 de maio de 2008

Estudantes, professores e residentes contra crise do Hospital do Fundão



Manifestação contra a crise no Hospital do Fundão fechou as pistas da Linha Vermelha, no sentido Baixada Fluminense, por pouco mais de dez minutos, na manhã do dia 16 de maio . Participaram do protesto alunos e professores da faculdade de medicina da UFRJ, residentes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (do Fundão), pacientes, acadêmicos e representantes do Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj). Antes de ir para a Linha Vermelha, eles protestaram em frente ao hospital.

Entenda a crise por que passa o hospital

Uma das reivindicações dos manifestantes é que o Ministério da Educação assuma o pagamento dos salários de funcionários terceirizados, gerando uma economia de R$1,3 milhões ao hospital, segundo estimativa do diretor-geral Alexandre Cardoso.

O Hospital do Fundão é referência nacional em procedimentos de alta complexidade, mas, segundo funcionários, a unidade está com pisos remendados, paredes rachadas e tetos cheios de infiltração. Das dez salas de radiologia, apenas duas estão funcionando, de forma precária. A sala oito é a pior. O equipamento, que é de 1978, estragou por conta da umidade causada pelas infiltrações. No meio da sala, há um balde para aparar a água que cai de uma goteira.

Desde o dia nove de maio, os transplantes de órgãos foram suspensos. Novas internações, mesmo que por convênio ou por transferência de outras unidades, também estão sendo recusadas. Não há mais marcação de consultas, e as cirurgias eletivas só são realizadas caso a equipe médica verifique que há material suficiente, inclusive para o período pós-operatório. Segunda-feira, foram realizadas 20 cirurgias marcadas e outras três de emergência. Anteontem, todas as eletivas foram canceladas e apenas uma de emergência foi feita.

Os outros procedimentos que não estão suspensos só são realizados após avaliação da divisão médica. Só há insumos para realizar hemogramas por mais dois dias, e o serviço de medicina nuclear só tem material radioativo, imprescindível para o funcionamento do setor, para uma semana. Faltam ainda remédios, luvas e até papel higiênico.

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