Nos dias 11 e 12 de junho aconteceu a eleição para o DCE da Universidade Federal do Pará (UFPA). O movimento estudantil que em 2007 se colocou contra os ataques do governo e construiu a Frente de Luta contra a Reforma Universitária ganhou as duas primeiras colocações na eleição: a chapa apoiada e construída pela CONLUTE recebeu 735 votos, ficando atrás apenas da chapa construída pela FOE (Frente de Oposição de Esquerda da UNE). A direção majoritária da UNE deu as caras para tentar impugnar o andamento do processo, mas não teve sucesso e a eleição e a apuração seguiram até o final.
Se por um lado o resultado foi positivo, pois mostra que definitivamente a direção majoritária da UNE não fala mais em nome dos estudantes da UFPA, por outro foi o reflexo de que a Frente de Luta não se consolida mais em todas as esferas da universidade no país. É lamentável que as duas chapas de esquerda não tenham se unificado nessa eleição, pois essa aliança significaria um fortalecimento da Frente de Luta para além da UFPA.
A chapa “Sempre em Frente” fez um grande esforço para garantir que a unidade conquistada na luta contra a reforma universitária no ano passado e consolidada na criação da Frente de Luta também se expressasse na conformação das chapas para a disputa do DCE. Infelizmente, os companheiros da FOE não priorizaram a unidade na disputa de uma importante entidade representativa.
A ausência dessa aliança significa mais do que o risco da esquerda perder uma entidade. Através do fortalecimento da unidade construída pela Frente de Luta que o movimento estudantil nacionalmente pode avançar nas lutas contra o Reuni, contra a estrutura anti-democrática das universidades e contra as Fundações Privadas. Essas bandeiras devem ser levantadas por todos os estudantes que lutam pela educação no país, e através da unificação desses estudantes não só na Frente de Luta, mas em entidades que constroem dia-a-dia a luta nas universidades.
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