sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

8 de março - Resgatando a tradição de luta da mulher trabalhadora: Mulheres feministas, anticapitalistas e antigovernistas


MANIFESTO DA CONLUTAS PARA O DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Neste 8 de março, “Dia Internacional de Luta das Mulheres”, é fundamental que estejamos unidas enquanto trabalhadoras, resgatando o sentido histórico de nossa luta contra o capital e seus representantes, exigindo a manutenção dos direitos conquistados às custas de nosso sangue e suor e lutando contra a opressão machista, que nos violenta cotidianamente.
É preciso explicitar para o conjunto das mulheres trabalhadoras que para conquistarmos o fim da opressão e da exploração, para destruirmos as relações capitalistas é necessário que nossa luta seja direcionada aos nossos inimigos de classe: aos patrões e aos governos. E nesse sentido, é fundamental que essa luta seja tomada pelo conjunto dos trabalhadores, pois a opressão serve para manter e reproduzir a exploração sobre homens e mulheres da classe trabalhadora.

É imprescindível dizer em alto e bom som que não há capitalismo sem machismo, assim como não é possível acabar com o machismo sob o capitalismo. Isto é resgatar o caráter histórico do 8 de Março, de um dia de lutas proposto no II Congresso Internacional das Mulheres Socialistas por Clara Zetkin!
É neste marco que torna-se fundamental organizar as mulheres para lutar contra os ataques que estão previstos para este ano, assim como para avançarmos rumo às conquistas de direitos ainda não efetivados. No Brasil, a retirada dos direitos conquistados vem ocorrendo há décadas e, no último período, o governo Lula é o responsável pela aplicação dos planos da burguesia que atacam a classe trabalhadora.
É o governo Lula quem fez a Reforma da Previdência aumentando a idade mínima para aposentadoria e agora está encaminhando outra reforma que além de aumentar novamente o tempo/idade.
Esses planos irão atacar mais diretamente as mulheres diminuindo a diferença em relação aos homens, desconsiderando assim a dupla jornada a que estamos submetidas. Esta proposta não considera também que a opressão combinada com a exploração tem destinado às mulheres trabalhos repetitivos, além de haver aumento do assédio moral e sexual.
Com esta Reforma, quando as trabalhadoras estiverem para se aposentar suas vidas estarão destruídas pelas doenças profissionais e pelo esgotamento físico e mental. Há ainda a intenção de extinguir as pensões, novamente atingindo as mulheres que por décadas foram donas de casa, muitas vezes submetidas aos desmandos do marido e que ao enviuvar ficarão sem recursos para se manter.

É o governo Lula quem encaminhou a proposta de Reforma Trabalhista que prevê a flexibilização dos direitos, inclusive a licença maternidade.
É o governo Lula que aprovou a Lei Maria da Penha num dia e cortou 42% dos recursos para combater a violência contra a mulher no outro.
É o governo Lula que se declarou abertamente contra o aborto, e armou o palanque para a Igreja Católica defender contra a legalização na Conferência Nacional de Saúde.
Não podemos esquecer também o ocorrido no 8 de março de 2007 quando Lula trocou gentilezas com Bush e aliou-se com o governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab para colocar a tropa de choque para reprimir a manifestação da mulheres na cidade de São Paulo.


Bandeiras de Luta - Por tudo isto é necessário manter a visibilidade em torno de nossas bandeiras de luta pela garantia dos direitos, pelo fim da dupla jornada de trabalho, pelo pleno emprego, pelo piso do DIEESE, pela legalização do aborto, pelo fim da violência sofrida cotidianamente. Nós não vamos abandonar a luta da mulher trabalhadora, não vamos romper com a nossa história de luta. Por isto não vamos seguir ao lado de organizações que se negam a lutar contra o governo, nosso inimigo de classe, responsável pela violência que sofremos cotidianamente e que ao agirem dessa forma, tornam-se inconseqüentes na luta contra a opressão e a exploração das mulheres, favorecendo assim a manutenção deste estado de miséria e a implantação de planos neoliberais que impõem derrotas às mulheres trabalhadoras.

Assim, não concordamos com o caráter que vem sendo impresso no movimento feminista e em particular à organização do 8 de Março, com palavras de ordem genéricas, que não enfrentam o governo Lula, que desorganiza a luta. Vamos seguir lutando por uma sociedade justa, sem machismo, sem opressão, sem exploração: UMA SOCIEDADE SOCIALISTA.

Convidamos a todas as lutadoras a construir este 8 de Março para lutar:

· Contra as reformas que retiram direitos das mulheres trabalhadoras;

· Em defesa da aposentadoria e da licença maternidade;

· Por salários dignos e iguais para homens e mulheres que exerçam as mesmas funções;

· Pelo pleno emprego para as mulheres na cidade, pela garantia de trabalho digno para a mulher camponesa;

· Pela construção de creches e escolas públicas de jornada integral que atendam todos/as os/as filhos/as das trabalhadoras;

· Pela descriminalização e legalização do aborto, garantido na rede pública de saúde;

· Distribuição gratuita de todos os métodos contraceptivos;

· Pela construção de postos de saúde e hospitais em todos os bairros da periferia, com número adequado de profissionais para atender à demanda;

· Pelo fim da violência sofrida pelas mulheres;

· Pelo direito a moradia digna;

· Contra o preconceito de raça, nacionalidade e orientação sexual.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Luta contra redução de direitos é parte da luta contra neoliberalismo



Recentemente, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, organizou uma série de atividades para marcar a realização do Ato Nacional Contra Redução de Direitos e Salários na GM, em São José dos Campos.
Foram desde panfletagens na cidade, assembléias na porta da GM e a realização de um Ato Nacional na sede do Sindicato. Na assembléia na GM estiveram presentes dirigentes nacionais de entidades para apoiar a luta contra a redução de direitos e salários. Antes desse dia de luta, os trabalhadores da empresa já haviam rejeitado nos três turnos a proposta de reduzir direitos e salários e impor o banco de horas para contratar 600 temporários.
Essa manifestação dos trabalhadores da GM mostra o quanto é importante fazer o debate sobre a questão da reestruturação produtiva e travar uma luta contra a sua implantação, já as empresas têm utilizado cada vez mais esse recurso para aumentar seus lucros.
A lógica da reestruturação é a lógica do neoliberalismo - A reestruturação produtiva é uma questão estratégica crucial para que as empresas continuem obtendo seus lucros exorbitantes. Flexibilizar e reduzir os custos da força de trabalho e dos processos produtivos é parte da estratégia global das multinacionais e do Capital.
No início da década de 90, os empresários afirmaram que a redução de direitos e salários iria garantir empregos. A própria região do ABC mostrou que era pura mentira. Lá o sindicato aceitou a redução e a categoria caiu de 196 mil trabalhadores em 1991 para 100 mil em 2007. Somente a Volks caiu de 40 mil para 10 mil trabalhadores no mesmo período. E não foi diferente com outras categorias que foram pressionadas a ceder direitos e salários. Bancário é um exemplo.
A reestruturação produtiva é uma das faces do neoliberalismo, que ainda tem muitas outras. Por isso, quando o governo Lula defende a transposição do Rio São Francisco, quer aplicar o Reuni na Educação e aprovar as reformas sindical e trabalhista, nós dizemos que todas essas iniciativas fazem parte da mesma política. Elas não são diferentes.
As políticas do neoliberalismo desoneram o Estado de suas responsabilidades e beneficiam as grandes empresas transnacionais, o agronegócio, os latifundiários, as empresas privadas que atuam na área da Educação e da Saúde.
Solidariedade na luta - É por este motivo que os trabalhadores, estudantes, os movimentos popular e social precisam se unir nesta luta contra as diversas faces do neoliberalismo. Essa é a única maneira de derrotá-lo.
Entendendo a importância dessa solidariedade, os trabalhadores da GM de São José dos Campos e Região pedem que continuem sendo enviadas mensagens de solidariedade à luta contra redução de direitos e salários.
Esses são os e-mails para o envio de


MOÇÃO DE APOIO À LUTA DOS TRABALHADORES DA GM CONTRA O BANCO DE HORAS E A REDUÇÃO DE SALÁRIOS





Em nome dos estudantes de nossa base manifestamos nosso total apoio à luta dos funcionários da GM de São José dos Campos/SP, contra o banco de horas e a redução de salários. Tais medidas sempre levam a mais demissões, tanto na empresa que a adota, quanto na cidade como um todo, que passa a sentir os efeitos da redução da massa salarial. A redução constante do número de postos de trabalho nas grandes montadoras instaladas em nosso país onde tais medidas foram implantadas deixa claro o seu efeito perverso para os trabalhadores.
Mesmo quando a proposta patronal inclui a contratação de alguns trabalhadores, a aceitação das mesmas por um sindicato ou em uma empresa sempre enfraquece a luta de toda a categoria e contribui para um maior empobrecimento da população local.
Não podemos apoiar que as multinacionais, que remetem seus polpudos lucros para o exterior, aumentem a exploração sobre os trabalhadores. E dos senhores prefeitos e vereadores, vamos cobrar que não se utilizem do mandato para atacar os direitos trabalhistas em nosso país.

DCE da UEM – Gestão Caminhando
28-02-08


Maiores Informações http://www.sindmetalsjc.org.br/

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Fotos da Festa da Calourada - 22/02/08



















































Horários das Apresentações das Bandas do 3º Festival de Bandas da UEM

1ª Cottonet Club – 18:00 / 18:45
2ª O que Há Velhinho – 18:45 / 19:30
3ª 3 Centavos – 19:30 / 20:15
4ª Battle Lord – 20:15 / 21:00
5ª Maracatrutas – 21:00 / 21:45
6ª Questão de Essência – 21:45 / 22:30
7ª The Cockroaches – 22:30 / 23:15
8ª Proud Mary – 23:15 / 00:00
9ª Decibéis – 00:00 / 00:45
10ª So What? – 00:45 / 1:30
11ª A VI Geração da Família Palim Vinda do Norte da Turquia – 1:30 / 2:15
12ª Rosa dos Ventos – 2:15 / 3:00
13ª Dedo de Moça – 3:00 / 3:45
14ª Mescalha - 3:45 / 4:30

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Peru: repressão contra camponeses e indígenas deixa quatro mortos





Governo peruano responde à greve agrária com militarização e criminalização. Pelo menos quatro já morreram.

Quatro pessoas já haviam morrido, dezenas estavam feridas e inúmeras presas, devido à repressão à paralisação nacional agrária convocada pelas organizações camponesas, agrícolas e indígenas do Peru. A mobilização, iniciada em 18 de fevereiro, era um êxito em todo o país. O governo, ao invés de abrir o diálogo, declarou Estado de Emergência em oito províncias do norte (Huaura, Huaral e Barranca, no departamento de Lima; Huarmey, Casma e Santa, no departamento de Ancash; e Virú e Trujillo, no departamento de La Libertad) e a ordem de intervenção do Exército, desfechando uma repressão indiscriminada ao movimento.

O primeiro-ministro peruano Jorge Del Castillo sintetizou a situação à imprensa: "Isto implica a suspensão dos direitos constitucionais relativos à liberdade e segurança pessoais, à inviolabilidade de domicílios e ao direito de reunião e de passagem" (Agência Estado/EFE, 19/08).


Criminalização do movimento - Essa ação repressiva do governo peruano é uma expressão da aceleração do processo de criminalização das lutas sociais, para que possa implementar as leis que beneficiam as empresas transnacionais, a privatização das águas e a concessão da Amazônia.

Uma outra face desse processo foram decretos legislativos que ampliam as penas por bloqueios de estradas e outras formas de mobilização. Mesmo antes dos decretos mais de setecentos camponeses e indígenas já haviam sido processados judicialmente, inclusive por terrorismo, por defender suas comunidades contra os efeitos destrutivos das minerações. A isto somam-se ainda as ameaças constantes aos dirigentes desses movimentos.

Solidariedade urgente - Diante do brutal e covarde ataque do governo contra os trabalhadores camponeses e indígenas peruanos, a CONLUTAS, manifesta total solidariedade a essa luta e pede que sejam enviadas urgentemente mensagens de solidariedade aos companheiros peruanos. A entidade que está dirigindo esta luta, a CNA, faz parte da Coordenadora de Bases em Luta, que está convocando no Peru o Encontro de Trabalhadores Latino-americanos e Caribenhos.

Assim como está divulgando a Coordenação Andina das Organizações Andinas (CAOI), nossas mensagens devem conter total apoio à paralisação nacional agrária e suas reivindicações; o rechaço à repressão indiscriminada exigindo punição aos responsáveis pelas mortes; abertura imediata de diálogo com o movimento; fim do Estado de Emergência e da criminalização das lutas sociais, principalmente as indígenas e camponesas.

As mensagens podem ser mandadas para liamarle@yahoo.es
Com cópia para secretaria@conlutas.org.br

Redação da Conlutas, a partir das informações da CAOI
Minga Informativa de Movimientos Sociales - http://movimientos.org/
Agência Estado
Foto: pepitorias.blogspot.com

Palestra do Professor Valério Arcary levanta RU





















A palestra "Universidade Pública, que bixo é esse?", começou com uma grande vitória para o Movimento Estudantil da UEM: a realização de uma Calourada Unificada. Na palestra estavam presentes acadêmicos de Goioerê, Cidade Gaúcha, Cianorte, Umuarama e Maringá. Esse foi um esforço do DCE e dos CA`s da UEM, com a ajuda da Universidade.
É a 1ª vez na história da UEM que uma Calourada unificada acontece!

A atividade foi iniciada com o lançamento do Livro "Uma Universidade de Ponta-Cabeça", do Professor Reginaldo B. Dias. O professor contou a história de luta em busca da democracia na UEM para eleição de reitor e a campanha que conquistou o fim da gratuidade do Ensino. Também foi lançado o adesivo que comemora os 20 anos de Gratuidade.
Posteriormente, Carlos, diretor do SISMMAR (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá), relatou o drama que está vivendo os Moradores do Bairro Santa Felicidade, localizado em Maringá. Os moradores estão sendo pressionados prefeitura para se deslocarem do bairro, sob a alegação de que o bairro é uma favela. A prefeitura se utiliza desse argumento para receber uma verba do PAC do Governo Federal e para retirar os moradores que são considerados "perigosos" para os luxuosos condomínios no seu entorno. Carlos convidou os alunos para serem solidários com os moradores e ajudarem a impedir que eles sejam desalojados.

Por fim, para dialogar com os estudantes, o DCE e os CA`s, elegeram o Professor Valério Arcary, que realizaria sua 2ª Calourada (Valério veio em 2007 na UEM). Nunca Valério Arcary cobrou suas palestras para o Movimento Estudantil, pois o Professor sempre acreditou e apostou no potencial da Juventude! Sob esse critério, o debate não poderia ser diferente!
Carregada de emoção, profundidade, alto nível político e clareza histórica, na palestra Valério explicaria sobre a força que tem a Juventude brasileira na transformação do país e da sociedade. Iniciou dialogando sobre os "anos de chumbo", ressaltando o papel da Juventude na luta contra a ditadura militar, passando pelo incentivo dos jovens para as mobilizações que ajudaram o Movimento Operário na década de 80 a se levantar, até a luta contra o Governo Corrupto de Collor de Mello.

Valério Arcary pontuou que os desafios da Juventude ainda estão presentes! Desde a luta em defesa da educação pública até a luta contra a retirada de direitos dos trabalhadores e do povo, pois no Governo Lulla os ataques continuam.
O R.U estava lotado e os estudantes atenciosamente escutavam as palavras, as metáforas e as idéias do Professor. Por fim, Valério discutiu que os Estudantes devem ser aliados do povo pobre e da classe trabalhadora, citando como exemplo o caso do Bairro Santa Felicidade.
Sob intensos aplausos do público, que fez questão de se posicionar de pé, Valério concluiu sua palestra conclamando a Juventude para Lutar!