sexta-feira, 25 de abril de 2008

Universidade do Estado do Pará ocupada!

Marlon Whistner - Centro Acadêmico de Educação Física da UEPA,construindo a CONLUTE, oposição ao DCE.

No final da tarde de 25 de abril, após um assembléia com cerca de 200 pessoas, os estudantes da UEPA (Universidade do Estado do Pará) decidiram ocupar a reitoria desta universidade contra a intervenção da governadora Ana Júlia (PT), que dá continuidade aos ataques dos antigos governos (PSDB) à autonomia e à qualidade da educação na universidade. Após 2 semanas de assembléias, atos e muita passagem em sala por parte do movimento docente e dos estudantes que não suportam mais a situação de penúria em que se encontra a UEPA (desvios de verbas, eleições para reitor fraudulentas, intervenção autoritária, falta de mínimas condições de assistência estudantil), o movimento resolveu dar um basta à destruição da universidade e tomar em suas mão a tarefa de contruir uma UEPA de fato público, gratuita e de qualidade.
Encabeçado pelo movimento de oposição ao DCE (entidade que é dirigida pela UJS e nada faz pelos estudantes, ao contrário, é aliado do governo e está contra a ocupação), os estudantes e professores se mantém firmes na luta até o atendimento da pauta que inclui, além do fim da intervenção e de nova eleições democráticas (sem lista tríplice e com votos universais), paridade nos conselhos, auditoria das contas da UEPA, punição para os corruptos, construção de restaurante universitário, hospital universitário e mais bolsas de pesquisa e monitoria.
Os Centros Acadêmicos que constróem a CONLUTE (como o de Educação Física e o de Terapia Ocupacional) e a Frente de Luta Contra a Reforma Universitária estão na cabeça do movimento, com apoio dos DCE’s e CA’s de luta do Estado. A luta tende a se fortalecer com a chegada de delegações de estudantes dos campi do interior (Moju, Paragominas, Cametá).Solicitamos moções de apoio das entidades estudantis e demais entidades dos movimentos sociais de todo país para fortalecer a nossa luta!

MOÇÃO DE REPÚDIO CONTRA A REITORIA DA UEL

MOÇÃO DE REPÚDIO CONTRA A REITORIA DA UEL

O avanço do Movimento Estudantil através de seu fortalecimento, de sua organização e mobilização, vem causando ira das reitorias e dos governos de plantão.

Através dos mecanismos repressivos e jurídicos do estado, uma forte ofensiva de criminalização e de repressão contra as entidades e movimentos acontecem de norte a sul do país.

Na UEL, o Reitor Wilmar Sachetin Marçal, preocupado com a reorganização do Movimento Estudantil democrático e de luta, lançou mais um golpe contra os estudantes.

Além de processos contra estudantes, ameaças e intimidações, agora a reitoria desferiu mais um ataque à organização estudantil, entrando na justiça para reintegrar uma das Sedes do DCE da UEL.

A sede é uma casa no centro da cidade de Londrina, é muito valorizada, serve de espaço para organização das lutas dos estudantes e realização de atividades culturais e políticas. O DCE da UEL tem posse da entidade desde 83.

A tentativa de retirar essa sede se caracteriza como um ataque ao Movimento Estudantil e faz parte de um projeto nacional de combate à organização dos Movimentos Sociais.

A reitoria entrou com uma liminar que impediu o DCE de se posicionar, a entidade acabou descobrindo a trama somente no dia 24/04, e ainda, ao solicitar uma reunião com a Reitoria, a mesma se recusou em receber o DCE para dialogar.

Para a reitoria o diálogo com os estudantes é a força policial, que a qualquer momento pode ser usada para fazer a tomada da sala do DCE. Essa medida é mais uma agressão de uma reitoria que além de implementar os planos de privatização do

Governo Requião, usa de métodos ditatoriais para desorganizar os estudantes.

Nesse momento, dezenas de estudantes estão se dirigindo até a sede da entidade para defenderem esse patrimônio, demonstrando que se depender da energia e da abnegação dos estudantes, a sede não será “saqueada” pela reitoria.

Chamamos todas as Entidades Estudantis e Sindicais, Partidos Políticos e Movimentos Sociais para repudiarem esse ato truculento e pernicioso que fere todos os lutadores do país.

  • Contra a Retirada da Sede Central do DCE da UEL!
  • Em Defesa da Organização do Movimento Estudantil!

ASSINAM: DCE UEM, DCE UFRJ, DCE UFG, DCE UFMG, DCE UNIOESTE (MCR), CONLUTAS-PR.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Estudantes de Serviço Social ocupam reitoria da UFAM e conquistam vitórias

Antônio Júnior, do movimento 'nada será como antes', oposição à direção do DCE-UFAM
• A mobilização teve início pela luta contra a fusão de turmas da graduação. O curso de Serviço Social lançou o seu mestrado e estudantes, professores e funcionários estavam felizes pela conquista. Porém, no governo de Lula, toda alegria é passageira. Ao autorizar o funcionamento do mestrado, o MEC e a UFAM não fizeram concurso público para professores. Com isso, vários doutores tiveram que acumular tarefas entre graduação, especialização e agora o mestrado. Quem “rodou” nesta situação foram os alunos da graduação. O Departamento de Serviço Social, de forma completamente anti-democrática, “enturmou” (juntou) os períodos do curso de Serviço Social para liberar professores ao mestrado.
Cada período tinha duas turmas de 28 alunos. Com a “enturmação”, cada período ficou com 56 alunos, em salas relativamente pequenas para essa quantidade. As aulas são durante o dia, quando o calor tropical é maior, e os condicionadores de ar estão danificados.
A ocupação
Todo esse clima gerou a revolta dos estudantes de Serviço Social que, através do CASSA (Centro Acadêmico de Serviço Social do Amazonas), entidade que constrói a Conlute, organizaram uma assembléia geral que parou o curso e marchou rumo à reitoria. “E se manter, a enturmação. Vai ter ocupação”, gritavam os estudantes. Com isso, no dia 16 de abril, a reitoria foi ocupada.A pauta de reivindicações específicas e gerais foram entregues ao REItor em exercício, o vice-reitor Gerson Nakagima - o REItor estava em Brasília.Na noite do dia 16, a reitoria organizou uma reunião com representantes dos estudantes, escolhidos na plenária da ocupação. Na reunião, estavam representantes da reitoria e um delegado da Polícia Federal que já estava com seus agentes na parte de fora da reitoria.A negociação transcorria com a reitoria e o departamento de Serviço Social se comprometendo a “desenturmar” os períodos de Serviço Social, colocar novos condicionadores de ar nas salas do curso, enquanto a compra e a instalação não fossem feitas, o curso de Serviço Social ficaria nas salas da Faculdade de Estudantes Sociais. Quando tudo estava caminhando, os estudantes solicitaram que colocassem tudo isso no papel e assinassem essa negociação. A reitoria não concordou, os estudantes se retiraram da reunião e a ocupação continuaria.Com a ampliação da ocupação pela presença de representantes dos Centros Acadêmicos de Biologia, História e com o início pela manhã da cobertura da imprensa, os representantes da reitoria temiam que a ocupação tomasse outros rumos.Uma nova reunião aconteceu e as reivindicações dos estudantes foram aceitas:
1) O curso de Serviço Social seria desenturmado.
2) O curso funcionaria temporariamente na Faculdade de Estudos Sociais, até a compra e instalação dos condicionadores de ar nas salas do curso no ICHL.
3) A reativação do laboratório de informática do ICHL em 30 dias.
4) Abertura de concurso público para 139 vagas para professores (esse compromisso foi feito via informação dada pelo próprio REItor que estava em Brasília e se comunicava com o vice-reitor por telefone).
Tudo isso foi assinado em um termo de acordo com a presença massiva dos estudantes na hora e com a presença e divulgação da imprensa. Após isso, foi organizada uma última plenária da ocupação e foi tomada a decisão de sair da reitoria e mobilizar agitando essa conquista específica do Serviço Social.
O papel da UNE
Nem o DCE-UFAM e nem a UNE apoiaram de fato a ocupação. No segundo dia de ocupação, 17 de abril, a UNE entrava em sala de aula mobilizando os estudantes para sua atividade nacional, coisa que na UFAM acabou se resumindo a poucos militantes da UJS/PCdoB.A UNE chegou ao ridículo de "denunciar" o CASSA/CONLUTE por apenas pautar uma questão específica de seu curso na mobilização. Isso não é verdade, tanto o CASSA quanto a Conlute entraram em sala de vários cursos e mobilizaram o conjunto dos estudantes, mas, mesmo com problemas de estrutura e de mobilização, o curso de Serviço Social tinha peso político e numérico para ocupar a reitoria da UFAM, e o fez.Essa ocupação fortaleceu muito o movimento estudantil do Serviço Social, o CASSA e a Conlute.
Uma próxima mobilização será feita, para divulgar e garantir a vitória, e espera-se atos maiores, como foram realizados na UnB e na UFMG. Os estudantes da UFAM precisam continuar sua luta. Se hoje, ataques como o da superlotação de turmas são constantes, serão ainda mais intensos com a aplicação do Reuni. O projeto do governo, defendido pela UNE, leva a privatização do ensino e terá conseqüência ainda maiores em cursos como o de Serviço Social. A luta contra o Reuni é uma luta de todos nós. Salas de aula lotadas e falta de professores é apenas uma parte do que nos aguarda, caso não consigamos deter este ataque.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UFAM: SAUDAÇÕES A QUEM TEM CORAGEM !

O Curso de Serviço Social iniciou os trabalhos de seu novo “Mestrado em Serviço Social”. Todos os estudantes, professores e funcionários do curso estavam felizes pela conquista, porém, no governo de Lula, toda alegria é passageira e não verdadeira.Ao autorizar o funcionamento do mestrado em Serviço Social, o MEC/Governo Lula e a UFAM não fizeram concurso público para professores, com isso, vários doutores tiveram que acumular tarefas entre graduação, especialização e agora o mestrado.Quem “rodou” nesta situação, foram os alunos da graduação. O Departamento de Serviço Social, de forma completamente anti-democrática ENTURMOU (juntou) os períodos do curso de Serviço Social para ter professores para o mestrado.Cada período do curso de Serviço Social tinha duas turmas de 28 alunos. Com a ENTURMAÇÃO, cada período ficou com 56 alunos. As salas de aula do ICHL (Instituto de Ciências Humanas e Letras) onde se localiza o curso de Serviço Social são relativamente pequenas para comportar turmas com 56 alunos. O curso funciona no período vespertino onde o calor é maior e para completar, os condicionadores de ar estão danificados.Todo esse clima gerou a revolta das (dos) estudantes de Serviço Social que através do CASSA - Centro Acadêmico de Serviço Social do Amazonas (entidade que constrói a CONLUTE no Amazonas) organizaram uma assembléia geral que parou o curso de Serviço Social e marchou rumo à reitoria.“E se manter, a enturmação. Vai ter ocupação” gritavam os estudantes. Com isso, no dia 16 de abril a reitoria da UFAM foi ocupada pelas (pelos) estudantes de Serviço Social.

A pauta de reivindicações específicas e gerais foram entregues ao REItor em exercício – o vice-reitor Gerson Nakagima (já que o REItor estava em Brasília-DF).Na noite do dia 16, a reitoria organizou uma reunião com representantes dos estudantes (escolhidos na plenária da ocupação). Na reunião, estavam representantes da reitoria e um delegado da Polícia Federal que já estava com seus agentes na parte de fora da reitoria.A negociação transcorria com a reitoria e o departamento de Serviço Social se comprometendo a “desenturmar” os períodos de Serviço Social, colocar novos condicionadores de ar nas salas do curso. Enquanto a compra e a instalação não fossem feitas, o curso de Serviço Social ficaria nas salas da Faculdade de Estudos Sociais). Quando tudo estava caminhando, os estudantes solicitaram que colocassem tudo isso no papel e assinassem essa negociação. A reitoria não concordou, os estudantes se retiraram da reunião e a ocupação continuou.No segundo dia de ocupação, 17 de abril, a UNE entrava em sala de aula mobilizando os estudantes para sua atividade nacional, coisa que na UFAM acabou se resumindo a poucos militantes da UJS/PCdoB.Com a ampliação da ocupação pela presença de representantes dos Centros Acadêmicos de Biologia, História e com o início pela manhã da cobertura da imprensa, os representantes da reitoria temiam que a ocupação tomasse outros rumos.Uma nova reunião aconteceu e as reivindicações dos estudantes foram aceitas: 1) O curso de Serviço Social seria desenturmado. 2) o curso funcionaria temporariamente na Faculdade de Estudos Sociais, até a compra e instalação dos condicionadores de ar nas salas do curso no ICHL. 3) A reativação do laboratório de informática do ICHL (com 30 computadores) em 30 dias e o anúncio da abertura de concurso público para 139 vagas para professores (esse compromisso foi feito via informação dada pelo próprio REItor que estava em Brasília e se comunicava com o vice-reitor por telefone).

Tudo isso foi assinado em um termo de acordo com a presença massiva dos estudantes na hora e com a presença e divulgação da imprensa.Após isso, foi organizada uma última plenária da ocupação e foi tomada a decisão de sair da reitoria e mobilizar agitando para toda universidade, essa conquista específica do Serviço Social.Nem o DCE-UFAM e nem a UNE apoiaram de fato a ocupação, a UNE chegou ao ridículo de "denunciar" o CASSA/CONLUTE por apenas pautar uma questão específica do seu curso na ocupação, e que sua mobilização era "mais ampla". Isso não foi verdade, a CONLUTE e o CASSA mobilizaram o conjunto dos estudantes, tivemos o apoio do CA de História e Biologia, mas não conseguimos aglutinar um número de estudantes para garantir a ocupação por mais dias.

A própria UNE/UJS com bem mais estrutura não aglutinou nem 20 estudantes em sua atividade.Essa ocupação fortaleceu muito ME do Serviço Social, o CASSA e a CONLUTE. Esperamos que na próxima mobilização que faremos agitando essa vitória, possamos assim como a UnB e a UFMG organizar atos bem maiores.Antônio Júnior, o AJ.Movimento NADA SERÁ COMO ANTES - Oposição à direção do DCE-UFAM, construindo a CONLUTE

I Encontro Nacional de Mulheres da Conlutas




19, 20 e 21 de abril

Luta contra machismo e exploração da mulher são temas do encontro


Objetivo: construir um programa classista, feminista, contra Lula e o Imperialismo
Tema: luta contra o machismo e a exploração da mulher

Data: 19, 20 e 21 de abril de 2008
Local: Clube Tietê – São Paulo/SP
Inscrições de participantes: 03/03 a 12/04

Obs: As inscrições foram prorrogadas até dia 17/04.

Podem participar do Encontro:

- Delegadas: Mulheres de entidades, movimentos, minorias, oposições que reivindicam a CONLUTAS (direito à voz e voto).

- Observador@s: Entidades, grupos, minorias, oposições que não reivindicam a CONLUTAS (direito à voz) e homens das diversas entidades.

- Convidad@s: Partidos e organizações de esquerda e convidados para a abertura do encontro (direito à voz)

Pauta e Cronograma:

Dia -19/04 – Sábado:
8h – Credenciamento;
10h - Abertura com as entidades convidadas;
12h - Almoço
14h - Painel de conjuntura;
15h30 – Apresentação de Teses;
17h – Grupos de Conjuntura;
18h30 – Reunião da relatoria.

Dia – 20/04 – Domingo:
9h - Plenária de Concepção dos Movimentos Feministas;
12h - Almoço
14 h - Grupos Específicos dos Temas apresentados no Regimento.

Dia – 21/04 - Segunda
9 h - Plenária final de programa, plano de lutas e encerramento;
12h – Almoço
14h – Continuação da Plenária

Acesse as teses:
http://www.conlutas.org.br/exibedocs.asp?tipodoc=noticia&id=1089

Brasil lidera missão da ONU que reprime o povo haitiano em luta contra a fome. Fora tropas brasileiras do Haiti!




O povo haitiano saiu às ruas nessa semana para protestar contra a violenta alta de preços dos alimentos em seu país. Parte da população dominou várias ruas da capital, armou barricadas com pneus e pedras, paralisando a capital Porto Príncipe. Houve saques em diversas lojas e mercados.

O que vimos esses dias na mídia é a luta contra a fome. O Haiti é o país mais pobre do continente das Américas. Com 8,5 milhões de habitantes, 80% de sua população vive abaixo da linha da pobreza, com menos de US$ 2 (R$ 3,4) por dia.
Os manifestantes também pedem a renúncia do presidente René Préval, apoiado pelos EUA, e a retirada dos 9.000 homens das forças de paz da ONU, liderada pelo governo brasileiro.

Contra o povo que protesta diante da fome, o presidente ordenou que a polícia haitiana e os soldados da ONU interviessem para reprimir os protestos. Os soldados da Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti), sob liderança do Brasil, estão desde terça-feira em frente ao Palácio Nacional para proteger a sede da Presidência. Além disso, estão entrando em confronto direto com a população e utilizando bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. nos últimos dias havia cinco mortos – noticiado pela mídia – e dezenas de feridos. A imprensa testemunhou um soldado atirando na cabeça de um manifestante.

O episódio deixa claro que a verdadeira “missão” das tropas brasileiras no Haiti é reprimir qualquer mobilização popular para dar estabilidade ao governo pró-imperialista de René Preval. Ou seja, nesse momento soldados brasileiros estão disparando suas armas contra o povo haitiano, que protesta contra o aumento do saco de 50 kg arroz, que subiu de US$ 35 (R$ 59) para US$ 70 (R$ 119) e contra o preço da gasolina que subia pela terceira vez em menos de dois meses.
As tropas brasileiras não integram uma “missão humanitária” e sim o corpo de defesa de um governo, lacaio do presidente George Bush, que está matando o povo haitiano.

Uma missão da Conlutas esteve no Haiti há menos de uma ano e já havia denunciado esse fato. O contato com o povo haitiano que tem uma história heróicas em nosso continente - uma revolução negra vitoriosa contra a dominação colonial e uma rebelião que derrotou a ditadura de Duvalier -mostrava que retomaria as lutas em seu país.

No Haiti, a Conlutas travou relações sindicais com a organização Batay Ouvriye (Batalha Operária), uma das organizações que convocam o Encontro Latino-americano e Caribenho (ELAC), que ocorrerá em julho, em Betim (MG).
Essa organização esteve à frente dessa mobilização e já havia denunciado a situação pela qual passa o povo haitiano: “Com esse salário mínimo criminoso (…) não se pode pagar a escola das crianças, suportar doenças, cumprir a renda em casa. Alguns nem chegam a comer e tem que se conformar com pães feitos de argila para não sucumbir”, enfatizava o boletim da organização.

O Batay Ouvriye ainda preconizou o que poderia vir a acontecer diante de um levante popular: “Este governo decidirá (…) optar por um crime em massa [contra os trabalhadores]? Sabemos que entre o direito dos dominantes e o direito dos despossuídos é a força que decide. A Minustah está aqui para assegurar precisamente isso”.
Por isso, a Conlutas manifesta seu irrestrito apoio ao povo haitiano que está em luta nas ruas contra as tropas brasileiras. Nós afirmamos que essa nossa também é nossa.

A Conlutas abre uma campanha de exigência ao governo Lula para que ordene a imediata desocupação das tropas brasileiras do Haiti. O sangue do povo haitiano que está escorrendo nas ruas daquele país é de responsabilidade do governo brasileiro.
Fazemos um chamado para que toda as organizações de esquerda, do movimento sindical, dos movimentos sociais e populares e estudantil se somem a essa denúncia e exigência conosco.


Toda solidariedade à luta do povo haitiano!Foras as tropas brasileiras do Haiti!
Coordenação Nacional de Lutas - Conlutas

Novo Site da CONLUTE no Ar!!!

O novo site da CONLUTE está no ar. Completamente reformulado, a nova estrutura do site permite atualizações muito mais dinâmicas e constantes.
No momento nem todos os recursos do site estão funcionando. Eles serão implementados gradativamente nessa fase de transição.
Os antigos arquivos do site ainda podem ser acessados pelo endereço http://www.conlute.org.br/antigo/
Se vocês tiverem alguma duvida, crítica ou sugestão, entrem em contato conosco.

http://www.conlute.org.br/

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Curso de Criação de Reteiro na UEM

Nos meses de maio de junho o Prof. Victor estará oferecendo um curso de criação de roteiros de cinema. O curso será realizado aos sábados e domingos na própria UEM, no Bloco 33.

Os interessados poderam assistir a uma palestra gratuita de neste mês de abril, dia 27.
A palestra será no Bloco 33, às 8:00h da manã.




Mais informações:
8823-5648 (Victor)
3261-4205 (DCE)

Ou de uma passada no DCE!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Timothy pede afastamento e professores fazem Assembléia Histórica

Notícia n° 1:
"No fim da manhã de hoje, Timothy se afastou do cargo de Reitor da UnB!!!
É bonito ver que a ocupação tem força pra caminhar e conquistar aquilo a que se propõe!

O afastamento de Timothy é, definitivamente, uma vitória. Porém, a nossa pauta AINDA não foi contemplada: dentre outras coisas, exigimos a saída do reitor e do vice-reitor, a dissolução do Conselho Diretor e a convocação de novas eleições diretas e paritárias para Reitor."


Notícia n° 2:
"A Assembléia dos professores impulsionada pelos últimos acontecimentos é histórica!! Repeliu-se a corrupção no quadro dirigente, marcando a luta ao lado dos estudantes, apoiando a ocupação e sem dúvida redefinindo novos paradigmas para a Universidade de Brasília, as relações com o Movimento Estudantil, a Academia e a Sociedade!
Aguardem mais informações!! Paridade já !! Viva Darcy Ribeiro !!!"

Confira as fotos da Assembléia...





terça-feira, 8 de abril de 2008

Nota da Conlutas sobre a ocupação da UNB

No dia 3 de abril os estudantes da Universidade Federal (UnB) de Brasília ocuparam o gabinete da reitoria. Ontem dia 7 a ocupação foi estendida para toda a Universidade, com a participação ampla dos alunos. Entre as principais reivindicações desse movimento está a demissão do reitor Timothy Mulholland e do vice-reitor Nobuo Mamiya.

Em fevereiro a relação entre a UnB e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec) foi questionada pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDF). O órgão acusou a fundação de ter financiado, com recursos públicos, a reforma de um apartamento funcional, até então usado por Mulholland, bem como a compra de móveis e utensílios domésticos para o imóvel. O valor do gasto: R$ 470 mil. A UnB diz que o gasto não ultrapassou os R$ 350 mil.

As verbas já escassas das universidades públicas estão sendo desviadas para favorecimento de reitores e bandidos que se apropriam do dinheiro público para fins pessoais. Isso é inadmissível!
As parcerias com fundações já mostraram que vieram para promover desvios de verbas e favorecimentos ilícitos.

Entre as reivindicações dos estudantes estão o afastamento do reitor e do vice-reitor; a criação de eleições paritárias imediatas para a reitoria (em que votos de alunos e professores tenham o mesmo peso); a abertura das contas da UnB; o fim dos convênios da universidade com as fundações; o leilão dos objetos do apartamento que era usado pelo reitor e a aplicação desse dinheiro nas instalações da Casa do Estudante e construção de prédios para moradia estudantil.

Cercar de solidariedade a ocupação - A Conlutas conclama a todas entidades sindicais, dos movimentos populares e sociais e de todo o movimento estudantil do Brasil que manifestem seu apoio e solidariedade aos estudantes da UNB. Vamos cercar de solidariedade à luta dos estudantes que estão defendendo, em primeiro lugar o ensino público de qualidade. Além de exigir democracia na gestão das universidades para acabar com esses favorecimentos e a corrupção.

Fazemos uma exigência ao governo Lula e ao Ministério da Educação (MEC) que atendam as justas reivindicações dos estudantes e que não reprimam a sua legítima manifestação.

Por fim, façamos nossas as reivindicações do estudantes da UnB:

- A demissão do reitor Timothy Mulholland e do vice-reitor Nobuo Mamiya;
- Eleições paritárias imediatas para a reitoria e abertura das contas da UnB;
- Fim dos convênios da universidade com as fundações;
- Leilão dos objetos que estão no apartamento usado pelo reitor e aplicação desse dinheiro nas instalações da Casa do Estudante e construção de prédios para moradia estudantil;
- Ensino público e de qualidade.

Coordenação Nacional de Lutas - CONLUTAS
www.conlutas.org.br

Reunião Estadual da CONLUTAS Paraná



Nos dias 03, 04, 05 e 06 de julho de 2007 ocorrerá, em Betim-MG, o I Congresso Nacional da Conlutas, com o tema “Se muito vale o já feito, mais vale o que será”. Esse Congresso pretende se um marco no processo de reorganização da classe trabalhadora e dar continuidade à construção de uma central de caráter classista e independente dos governos e patrões.
Como parte do processo de construção do Congresso no Paraná, O SISMMAR – SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE MARINGÁ, pessoa jurídica de direito privado, entidade sindical de primeiro grau, inscrito no CNPJ sob nº 80.892.177/0001-89, com sede na cidade de Maringá-PR, na Rua Neo Alves Martins, 1334, Vila Operária, CEP: 87050-110, vem por meio deste convidar a todas as entidades sindicais, movimentos populares ou entidades estudantis, filiadas ou simpatizantes à Conlutas, para uma reunião estadual da CONLUTAS no dia 12 de abril de 2008, às 14h, na cidade de Maringá, para tratar da preparação do referido Congresso.
Certos de contar com Vossa atenção, antecipamos nossas

Saudações Sindicais,


Ana Pagamunici
Presidente – SISMMAR

Reitoria da UFMG está ocupada por estudantes


Cerca de 400 estudantes ocuparam, na tarde desta segunda-feira, a reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em protesto contra as ações da Polícia Militar no Campus.Na última quinta-feira, uma sessão de cinema foi barrada a cacetadas pela PM. Aproximadamente cinqüenta policiais, em várias viaturas e até num helicóptero, cercaram o Instituto de Geociências da UFMG, impedindo a entrada e saída de trabalhadores e estudantes do prédio. A PM foi convocada e autorizada a agir pelo reitor Ronaldo Tadêu Pena e pela vice-reitora, Heloisa Starling.A truculência da polícia deixou 30 feridos e um estudante foi preso ao tentar sair do prédio. A direção da universidade usa cada vez mais a força militar e a repressão. No ano passado, diversos estudantes foram processados e sete ainda estão ameaçados de jubilamento por se manifestarem no movimento do “bandejão”.Também no Conselho Universitário que aprovou o Reuni, o prédio da reitoria foi cercado por policiais para impedir qualquer manifestação contra um projeto que sequer foi discutido seriamente na comunidade. Nos encontros estudantis, os estudantes não podem se alojar na UFMG. No início deste ano, o Reitor chegou a receber uma intimação por impedir a matrícula de estudantes que conseguiram liminar judicial para não pagarem as taxas.Perguntamos aos estudantes, professores e demais trabalhadores: é essa universidade que a sociedade precisa? Uma Universidade onde se evita o debate, convocando a polícia? Armas, botas, camburões impedindo a arte, o saber e o pensamento crítico? Um governo e uma reitoria que se dizem democráticos, mas não hesitam em reprimir aqueles que divergem! Lembra alguma coisa? Lembra algum Estado de coisas? Mas não passou? Não! Na quinta-feira, o filme não passou no IGC!

*Fora a PM do campus! Fim da parceria UFMG/PM
*Retratação pública por parte da Reitoria!
*Inquérito Administrativo para punição dos responsáveis pela entrada da PM no campus
*Punição de todos os policiais responsáveis pela agressão aos estudantes
*Audiência Pública com a reitoria Já!
*Suspensão de todos os processos contra os estudantes. Chega de punições!


Mariah Mello, de Belo Horizonte (MG)

Construindo a CONLUTE

Assembléia decide reocupação da Reitoria da UnB



A Assembléia Geral dos Estudantes da UnB do dia 07 de abril teve início às 12:30h, no andar térreo da reitoria, terminando por volta das 16:00h. Dentre as deliberações, os cerca de 1500 estudantes decidiram, em sua totalidade, defender o livre acesso de estudantes à reitoria. Ao término da assembléia, os estudantes tentaram efetivar a livre circulação, o que gerou resistência da equipe de segurança. Diante deste cenário, houve empurra-empurra, o que levou à perda do controle, desencadeando excessos tanto por parte da segurança quanto dos estudantes. Apesar deste episódio, reafirmamos o caráter pacífico e legítimo da ocupação da reitoria da Universidade de Brasília pelos seus estudantes. Desta forma, uma nova ocupação está posta, respaldada pela maior assembléia dos últimos anos da universidade. Os estudantes estão realizando neste momento nova assembléia para definir os rumos da nova ocupação. Nossa pauta de reivindicações permanece a mesma, e exigimos a saída do reitor Timothy Mulholand e do vice Edgar Mamyia, eleições paritárias para reitor já, e a realização de um congresso estatuinte da UnB.Solicitamos urgentemente a religação do fornecimento da energia e água da Reitoria, no intuito de preservar o patrimônio da universidade e a própria segurança das pessoas que participam da ocupação.



Movimento de ocupação da reitoria da UnB









Programação Cultural da Ocupação da Reitoria da UNB - Dia 8 de abril de 2008
Programação Livre feita pela comissão de Cultura/Arte da Ocupação UNB:
8:00 -8:30 - LIMPEZA

8:30-9:30 - ALONGAMENTO

9:30 - 10:30 - RODA DE CAPOEIRAALMOÇO

13:00 - 14:00 - YINTRIO (Trio de violões)

15:00 - 16:00 - OFICINA DE PROTESTO

16:00 - 17:00 - RODA DE LEITURA

20:00 - ESTRELAU (LUA NOVA CHEGANDO)

Sujira algo para a programação livre enviando e-mail para: ocupacaounb@gmail.com e faça a sua parte!

segunda-feira, 7 de abril de 2008

DCE da UEM se solidariza com a ocupação da UNB

Abaixo publicamos a moção de apoio do DCE da UEM à ocupção da reitoria da UNB. Os que tiverem interesses podem acompanhar a ocupação pelo blog: www.ocupacaounb.blogspot.com .

Moção de apoio à ocupação da UNB

O DCE da UEM manifesta seu apoio aos estudantes que participaram da ocupação da reitoria da UNB e reconhece como legítima e necessária a luta dos estudantes contra aqueles que tentam transformar o ensino superior em mercadoria.
No ano passado foram feitos uma série de ataques contra as universidades, como o REUNI que foi implementado em várias universidades de forma antidemocrática, mas os estudantes mostram que estão mobilizados para defender a Universidade.
Entendemos que a luta contra o reitor Thimothy Mulholland e as fundações são parte de uma luta nacional do movimento estudantil contra os projetos de Lula e do FMI que visam beneficiar a iniciativa privada.
Nós apoiamos as vossas reivindicações integralmente e repudiamos as medidas que vem sido tomadas contra o movimento da ocupação da UNB, como as multas para os ocupantes e o pedido de reintegração.

Reunião do Comitê Paranaense de Luta Estudantil

Estimados companheiros, o Comitê Paranaense de Luta Estudantil convoca os DCEs e demais entidades estudantis para dar continuidade em nossas atividades para enfrentar os ataques à Universidade Pública no Estado do Paraná.

Com o objetivo de reorganizar e unificar as lutas contra a Reforma Universitária e Reuni de Lula, contra os ataques a autonomia universitária e arrocho salarial desferidos por Requião, de lutar por mais verbas para a educação, precisamos nos mobilizar em defesa da Universidade e Faculdades públicas.


Em nossa primeira reunião discutimos propostas, algumas delas já estão sendo colocadas em prática, como publicação do boletim, abaixo assinado contra a intervenção do Governador na UNIOESTE; 1° de Abril contra as mentiras do Requião; articulação do ato em Curitiba no mês de Maio..

Portanto, mais um passo será dado para concretização de nossos objetivos. Nesse sentido, nossas mobilizações devem somar forças, seja em encontros, fóruns, comitês e ações de luta estudantil.


A Reunião em Londrina será dia 13 de Abril, às 10h no sindicato da APP, Avenida Juscelino Kubitschek, N° 1834.

Pauta da Próxima reunião:

Informes
Organização do ato em Curitiba
Autonomia Universitária
Repressão
Organização do Comitê Paranaense de Luta Estudantil
Transporte

Já fazem parte do CPLE:
DCEs: UEL, UEM, UFPR, UNIOESTE (MCR), MOVER FAFIPA.

Obs: Maiores informações sobre a reunião em Londrina com o DCE - UEL, e-mail: dce.uel@gmail.com, telefone: 43 33714586

Polícia Militar espanca estudantes dentro da UFMG



• Dez viaturas e até um helicóptero da Polícia Militar de Minas Gerais cercaram o Instituto de Geociências da UFMG às 19h30 da quinta-feira, 03 de abril. O “motivo”: proibir a exibição do documentário Grass Maconha, que aborda a legalização da droga. De forma arbitrária e com autorização da segurança universitária (sob comando da Reitoria), os policiais fecharam as portas do instituto, impedindo a entrada e saída de estudantes, professores e funcionários. Um dos estudantes tentou sair do prédio e foi preso arbitrariamente sob o velho argumento do “desacato à autoridade”. Mas o pior ainda estava por vir.

Indignadas, cerca de 200 pessoas, entre estudantes, professores e trabalhadores gritaram palavras de ordem pedindo a liberdade do estudante. A PM exaltou-se e começou a enfrentar os manifestantes, agredindo-os com cacetetes e coronhadas. Uma das viaturas avançou em marcha-ré sobre os manifestantes e derrubou alguns. Uma estudante de medicina foi levada para o Pronto Socorro com ferimentos na cabeça e outro foi agredido e algemado. Cerca de dez pessoas foram feridas e levadas para fazer exame de corpo-delito.

Tamanha violência foi originada por outra violência injustificada: a arbitrariedade começou na diretoria da Unidade, que proibiu a exibição do filme receando o uso de drogas e pediu o apoio da Reitoria. A própria Reitoria afirmou, em nota, ter solicitado “o reforço da segurança universitária nas dependências da Unidade” no momento da sessão de cinema. Também autorizou à chefia de Segurança garantir o cumprimento da deliberação da Diretoria do IGC. É difícil acreditar no tão usado argumento do “eu não sabia”, já que a Reitoria deu cartas brancas à segurança. Além disso, tamanho aparato policial não poderia ter entrado na universidade sem o conhecimento da Reitoria.

Era apenas uma exibição de filme com o objetivo de levar o debate a um número maior de pessoas - e não um pretexto para usar maconha. Um filme que inclusive pode ser encontrado nas locadoras e é vendido em bancas de revistas. Perguntamos aos estudantes, professores e demais trabalhadores: é essa Universidade que a sociedade precisa? Uma Universidade onde se evita o debate, convocando a POLÍCIA? Armas, botas, camburões impedindo a arte, o saber e o pensamento crítico? Um Governo e uma Reitoria que se dizem democráticos, mas não hesitam em reprimir aqueles que divergem!

A falsa democracia do governo e dos reitores
Cenas como essa, que remontam aos escuros tempos da Ditadura Militar, estão voltando a acontecer cada vez mais nas universidades, nas favelas, no campo e dentro das empresas. Na UFMG, a última vez que a PM entrou no campus para uma ação assim foi em 1972, no auge do endurecimento militar, e nem foi tão agressiva como agora. Mas o policiamento da UFMG pela Polícia Militar virou rotina e serve não para proteger estudantes, mas para reprimir o movimento estudantil e seguir as ordens da reitoria, sem se preocupar com direitos garantidos pela Constituição de 88.

No final de 2007, o REUNI foi aprovado na UFMG sem nenhum debate interno e sob protestos de estudantes e a proteção da PM, que guardava o prédio do Conselho Universitário. Em diversas universidades do País, os reitores contaram com a força militar e o apoio de Lula para se adequar ao decreto do governo. No primeiro semestre do ano passado, os participantes do movimento pela redução do preço do bandejão da UFMG foram fotografados e ameaçados de jubilamento por uma Reitoria que é apoiada pelo governo federal, pela UNE e tem em sua direção até membros do PT. É que a política é a mesma: o governo tenta impor seus planos e reformas passando por cima da indignação da população, dos trabalhadores, aposentados, sem terra e estudantes (é o caso, por exemplo, da Transposição do Rio São Francisco). As reitorias, por sua vez, cumprem o papel de capacho do governo, autorizadas a usar o que for preciso para implementar suas políticas.

Na UFMG, a repressão policial está sendo repudiada por professores, estudantes e funcionários. O IGC está paralisado em greve estudantil. Na sexta, dia 4, uma assembléia estudantil com presença de mais de 500 estudantes decidiu ampliar a campanha exigindo a punição dos policiais, o fim da parceria da UFMG com a PM de Minas Gerais, a retratação pública da reitoria e o fim dos processos contra estudantes, entre outros pontos.

Vídeos da Ocupação da Reitoria na UNB







sexta-feira, 4 de abril de 2008

Não à repressão! Polícia dirige-se à reitoria da UnB para retirar estudantes


A juíza federal Cristiane Pederzolli concedeu reintegração de posse da reitoria da UnB à Fundação Universidade de Brasília. O prazo para saída dos alunos era 16h20. Como os alunos resistiam, a polícia foi chamada. A juíza autorizou a Polícia Federal a intervir para garantir o cumprimento da ordem judicial.

Segundo informou uma estudante que se encontra no local, vários estudantes já apanharam em conflito com seguranças e há feridos. A Tropa de Choque dirige-se para o campus neste momento.A Polícia Federal permaneceu cercando e intimidando os estudantes durante toda a ocupação. A água, a luz e o telefone haviam sido cortados. Os estudantes foram impedidos de entrar e sair (cerca de 300 alunos permaneceram do lado de fora do prédio) e, inclusive, de receber comida pelas janelas.Cerca de 100 estudantes estavam no interior da reitoria da UnB.

Eles ocuparam o gabinete na tarde de quarta-feira para exigir a saída imediata do reitor Timothy Mulholland e do vice Edgar Mamiya. No apartamento de Mulholland, em Brasília, foram encontrados móveis de luxo e uma lixeira que custou R$ 1.000. Além disso, ele utilizava um carro de luxo comprado com dinheiro de uma fundação privada.Neste momento, os estudantes estão sendo tratados como criminosos. Enquanto isso, o reitor e as fundações privadas saqueiam a universidade pública e permanecem impunes. Onde está o reitor? No seu apartamento de luxo, com todo o conforto? Apreciando o espancamento dos estudantes de dentro do seu carro luxuoso?É preciso denunciar o que está acontecendo na UnB. Não é um fato isolado.

É grave que a Polícia passe a intervir em espaços públicos e, teoricamente, democráticos dos estudantes, principalmente com o que há de pior do aparato repressivo, a Tropa de Choque. Não é o primeiro caso, e o movimento não pode deixar que ações de violência contra o direito de se manifestar se generalizem.

Reivindicações

Na noite da ocupação, aconteceu uma assembléia com cerca de 500 estudantes. Os alunos reafirmaram as reivindicações já existentes – renúncia do reitor e do vice, eleições paritárias para a reitoria, extinção do Conselho Diretor e abertura das contas das fundações privadas que estão sendo investigadas por irregularidades – e votaram outros dois pontos de grande importância: a luta contra o Reuni e contra as fundações privadas.

Governo Lula ganha título de mentiroso nacional

Pontes fechadas, acampamentos e ocupações, paralisações de trabalhadores, panfletagem em diversas cidades, atos públicos, debates, manifestações. Apesar do silêncio da mídia, o 1º de abril denunciou as mentiras do governo e patrões por todos os lados neste país.

Todas as atividades denunciaram as mentiras alardeadas pelo governo Lula em relação ao projeto de transposição do rio São Francisco e outras mentiras cabeludas. Entre elas a campanha de que as reformas da previdência e universitária e a privatização dos serviços públicos podem ser benéficas aos trabalhadores e à população; ou ainda de que a flexibilização de salários e direitos imposta pelo empresariado gera empregos. “É tudo mentira”, diziam os manifestantes.

O dia de mobilização foi coordenado por entidades sindicais, organizações sociais e populares e comunidades da região do rio São Francisco. Alguma delas: Campanha contra a Transposição do São Francisco, Conlutas, MTST, Via Campesina, MAB, CPT (Comissão Pastoral da Terra) ANDES e inúmeras entidades e organizações de todo o país.

São Paulo - A mobilização em São Paulo (SP) teve início ainda pela manhã quando o bispo Dom Luiz Flávio Cáppio visitou uma ocupação de Sem Terra com cerca de 600 famílias, ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), em Embú das Artes, região metropolitana de São Paulo. Dom Cáppio reuniu-se com as famílias para dar incentivo e mostrar solidariedade ao movimento. “Eles estão lá pelo direito fundamental de toda família que é o de ter um lugar para viver e criar seus filhos”, disse.

Dom Cáppio também se encontrou com Dom Evaristo Arns para falar da campanha contra a transposição.

No início do dia os metalúrgicos de São José dos Campos já faziam duas horas de paralisação na GM, na Johnson & Johnson um ato contra a retirada de direitos e em outras fábricas da região foram realizadas assembléias. Nas cidades de Ribeirão Preto e Araraquara os servidores municipais realizaram mobilização por melhores salários.

O ato público em São Paulo, às 19h, contou com a participação de 500 pessoas. Foi organizado pela Conlutas, Pastoral Operária, Sefras e Intersindical. Entre os participantes o bispo Dom Cappio, a ex-senadora Heloísa Helena (PSOL), Atnagoras Lopes pela direção nacional do PSTU. As delegações das ocupações do MTST e uma delegação dos trabalhadores da GM de São José dos Campos vieram de suas lutas para o evento em São Paulo. Além de militantes ligados aos movimentos sindical, sociais e populares.

Minas Gerais - Em Belo Horizonte as atividades aconteceram durante a tarde na Praça Sete (centro de Belo Horizonte), com um ato público e panfletagem contra a transposição do rio São Francisco e contras as políticas neoliberais dos governos Lula, Aécio e Pimentel. Bonecos com nariz de pinóquio, faixas e cartazes apontavam as denúncias e defendiam as bandeiras do movimento.

Em Pirapora (MG), às margens do rio São Francisco, os manifestantes denunciaram os beneficiados com a transposição, entre eles a Construtora Gautama que está de olho nas obras do projeto e no ano passado esteve metida em escândalos de corrupção. Também foi exigida uma indenização para os pescadores que estão sendo prejudicados pela empresa Votorantin Metais na cidade de Três Marias.

Em Pirapora, cerca de 450 pessoas de cinco municípios – Pirapora, Buritizeiro, Ibiaí, Jequitaí, Três Marias, Montes Claros e Belo Horizonte – e 20 entidades e organizações pararam a BR 365 por 2,5 horas. Com garra e disposição, entregaram panfletos e cantaram palavras-de-ordem como “o São Francisco é meu amigo / mexeu com ele mexeu comigo” e “1, 2, 3, 4, 5 mil / ou para o projeto ou paramos o Brasil”. Em frente o prédio do INSS, no centro da cidade, denunciaram o descaso com os aposentados e lesionados.

Rio de Janeiro - Após uma semana de protestos no Rio (ato dos movimentos sociais na porta do BNDS dia 27/04 e o ato dos estudantes dia 28 de março), no dia 1º de abril aconteceu uma passeata e novo ato público com a presença de mais de 500 manifestantes. Com “nariz de Pinóquio”, faixas e bandeiras, o conhecido “dia da mentira”, desmentiu os governos federal, estadual e municipal e denunciou a escandalosa epidemia de dengue.

Estudantes universitários denunciaram o Reuni e a Reforma Universitária. Os secundaristas lembraram que o Passe-Livre foi mentira, cheio de restrições. Os profissionais estaduais desmentiram o governo Sérgio Cabral que descumpriu suas promessas com a categoria. Além desses, inúmeros trabalhadores, estudantes e entidades estiveram presentes.

Ao finalizar a passeata, que percorreu a Rio Branco da Candelária a Cinelândia, chegava ainda um ônibus da Baixada Fluminense com representantes de assentamentos, comerciários e trabalhadores da UFRRJ-RJ.

Em Nova Iguaçu, uma das principais cidades da Baixada Fluminense, a Conlutas Baixada organizou uma panfletagem na Light, nas lojas e nas agências bancárias, no centro da cidade, com a participação de ativistas do movimento e dirigentes sindicais.

Em Niterói, ocorreu panfletagem nos estaleiros, Barcas, e apresentação de vídeo contra o Reuni no Bandejão da UFF.

Bahia - No início da manhã do dia 1º mais de 500 manifestantes ligados às organizações populares, comunidades tradicionais e paróquias dos municípios de Casa Nova, Remanso, Juazeiro, Sobradinho, Bonfim, Pilão arcado e Campo Alegre de Lurdes, na Bahia, além de Petrolina (PE), montaram acampamento em frente à prefeitura de Casa Nova e ocuparam a sede da prefeitura. O local foi escolhido por conta dos graves conflitos agrários envolvendo posseiros de uma área com cerca de 30 mil hectares e empresários que tentam grilar as terras ocupadas há mais de 100 anos.

O trabalhador Geová Almeida da Silva, 36 anos, de Fundos de Pasto, diz que a mobilização é “pra ver se nós conseguimos voltar para nossa área com segurança e dignidade”. Desde o início do mês de março, mais de 300 famílias enfrentam a ação violenta de seguranças armados e funcionários dos empresários que chegaram a destruir casas, roçados, pastagens de pequenos animais e trabalho com a apicultura. A ocupação não tem prazo para terminar. As atividades, no estado, tiveram início ontem com uma caminhada e panfletagem pelas ruas do município de Guanambi. Durante a tarde aconteceram panfletagens e reuniões em Serra do Ramalho e na região de Barra.

Em Salvador, a concentração aconteceu, à tarde, na Praça da Piedade, onde houve os lançamentos do relatório de Direitos Humanos e do documentário “Além do jejum” (sobre a 2a greve de fome de Dom Cappio e sobre a luta contra a transposição). No final da tarde aconteceu um grande ato público na capital baiana.

Sergipe - Por pouco mais de duas horas centenas de manifestantes interditaram a ponte que liga os municípios de Propriá (SE) e Penedo (AL), no baixo São Francisco. Ligados a organizações populares e comunidades tradicionais dos estados de Alagoas, Sergipe, Pernambuco e Bahia. Houve repressão da Polícia Rodoviária Federal, que tentou conter a ação, mesmo assim chegou a se formar um engarrafamento com mais de 10 quilômetros.

Ceará - Pela manhã mais de 2 mil trabalhadores do setor da construção civil pararam as atividades por cerca de uma hora, em Fortaleza e ainda houve paralisação em um terminal de ônibus. Segundo informações das coordenações dos atos, o tema central foi o protesto contra o projeto de transposição de águas do Rio São Francisco e junto com ele foram colocados outros projetos que estão na mesma linha.

Pernambuco - Em Recife, o ato público envolveu professores universitários, anistiados políticos, movimentos sociais e trabalhadores dos correios – que entraram em greve naquele dia. O ato ocorreu a partir das 15h na Praça Maciel Pinheiro.

Maranhão - Na capital maranhense a mobilização aconteceu no período da tarde, na Praça Deodoro.

FONTE> CONLUTAS

Abrem inscrições para Bolsa-Ensino 2008

Entre os dias 14 e 18 deste mês, estarão abertas as inscrições para o programa de Bolsa-ensino 2008. A iniciativa destina-se à universitários a partir do 2º ano de qualquer curso de graduação na UEM, que participem de projetos de ensino. No dia 06 de maio o resultado da seleção será divulgado por meio de edital afixado na Diretoria de Ensino de Graduação (DEG), bloco 11 – sala 13 e disponibilizado no site http://www.daa.uem.br/. No período de 06 a 09 de maio os alunos selecionados assinam o termo de compromisso na DEG. Os interessados devem acessar o site www.daa.uem.br/arquivos, e preencher o formulário de inscrição.
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Fonte UEM.

Fotos do Ato Contra as Mentiras do Governo, Em Defesa da Educação e Contra a Repressão