Nos últimos dias, os meios de comunicação anunciaram o aumento da repressão contra as festas que ocorrem nos arredores da UEM. Nesta terça-feira, uma “força-tarefa” foi formada por policiais, prefeitura e representantes do poder judiciário, e segundo o jornal O Diário (28/11/2007) deverá executar “ações severas” contra a “poluição sonora” em Maringá.
Um dos principais alvos será o próximo vestibular da UEM. O prefeito Sílvio Barros declarou “tolerância zero”, e disse que os bares lotados de gente serão alvos da ação. O objetivo do prefeito e das instituições envolvidas na tal “força tarefa” é passar a imagem de que os estudantes são “baderneiros”, “arruaceiros”, e reprimir a realização das festas através da força policial. Perguntamos: será que não foi suficiente um estudante inocente ter sido atacado por um cachorro da polícia no ano passado? Não bastam as “blits”, nas quais os estudantes são tratados como bandidos, obrigados a “encostar na parede” para serem revistados?
O aumento da repressão em Maringá não está isolado, mas é parte de um processo mais geral de ataques às manifestações da juventude, tanto culturais como políticas. Não é a toa que nas novelas se tenta passar a imagem de que movimento estudantil é “coisa de baderneiro”, justamente no momento em que os estudantes se levantam contra os ataques do governo e obtém conquistas em uma série de universidades.
Não é por acaso que em cidades como São Paulo as manifestações artísticas de setores da periferia são duramente reprimidas, tampouco é causalidade que em universidades como a USP é proibido até mesmo colar cartazes. O DCE-UEM repudia qualquer forma de violência e repressão. Em nossa cidade, o prefeito e demais administradores querem resolver com truculência um problema educacional.
Defendem mais polícia no vestibular, mas não dizem que o grande número de pessoas nos arredores da UEM expressa nada mais do que o pequeno número de vagas oferecidas nas universidades públicas, por falta de investimento dos governos. Os estudantes exigem a ampliação do número de vagas, mas com garantia de qualidade e estrutura, diferente do que quer o governo Lula com o REUNI.
Queremos a criação de um espaço cultural, assim as festas não precisariam acontecer na rua, o único lugar disponível atualmente. Reivindicamos a construção imediata da casa do Estudante, dessa forma não haveria aglomerações nas repúblicas e o problema da moradia seria resolvido, pois os aluguéis são caríssimos e os estudantes muitas vezes não conseguem alugar imóveis por conta do preconceito que sofrem.
No entanto, nada disso se resolve com medidas repressivas, mas somente com mais verbas do Estado.Frente os ataques repressivos do prefeito e sua “força tarefa”, a garantia da liberdade de expressão passa primeiramente pela denúncia. Nesse vestibular, ou em qualquer ocasião, se você, vestibulando ou estudante da UEM, sofrer qualquer tipo de violência policial ou ação repressiva, não se cale! Procure o DCE para tomar as medidas cabíveis. DCE: Bloco 6, Sala 2 - Fone 32614205
DCE E CENTROS ACADÊMICOS PREPARAM CALOURADA
Para recepcionar os futuros colegas de Universidade, o DCE e os Centros Acadêmicos de diversos cursos, estarão realizando diversas atividades para auxiliar e integrar os novos colegas. Somos contra o Trote Violento, por isso estaremos preparando uma recepção com uma Festa da Calourada, um Debate sobre a Situação da Educação e um Festival de Bandas. Até lá!